[Especial #7] Barcelona, minha e do Zafón

23 de agosto de 2014

A sombra do Vento.
O Jogo do Anjo.
O Prisioneiro do Céu.
Marina.

O que esses livros tem em comum, além de terem sidos escritos por Carlos Ruiz Zafón e estarem no topo da minha lista de livros favoritos?

Eu te digo: Barcelona.

Catedral de Barcelona, no Bairro Gótico
E, pois bem, essa foi a cidade escolhida para a minha primeira viagem ao exterior, para as minhas férias de julho de 2014.
No final da década de 1970, Barcelona era uma miragem de avenidas e becos, onde, só de cruzar a soleira de uma portaria ou de um café, uma pessoa poderia viajar para trinta ou quarenta anos antes. O tempo e a memória, a história e a ficção se fundiam como aquarelas na chuva naquela cidade feiticeira. Foi ali, sob o eco das ruas que já não existem, que catedrais e edifícios fugidos de alguma fábula tramaram o cenário desta história.
Esse é o primeiro parágrafo do primeiro capítulo de Marina.

Eu sempre gostei muito do modo como Zafón descreve a sua cidade ao longo dos livros. Mesmo que sua Barcelona seja bem mais escura e fantasmagórica que a minha. Porém, misteriosa sempre.

Para deixar mais claro o que eu quero dizer, outro trecho de Marina:
Vi quando se afastou pelo Paseo de Cólon. A fumaça de seu cigarro intacto o seguia como um cão fiel. Naquele dia, nos céus de Barcelona, o fantasma de Gaudí esculpia nuvens impossíveis sobre um azul que dissolvia o olhar. Peguei um táxi até o internato, onde achei que haveria um pelotão de fuzilamento à minha espera.
Mesmo que não seja muito e especialmente se você nunca tiver ido em Barcelona, por favor, imagine a cidade desse parágrafo. Imagine o tal Paseo de Cólon.

Segure essa imagem.

Paseo de Cólon fica em Barceloneta, principal praia de Barcelona. A cena se passa em maio. Imagino um friozinho de 20º (ok, 20º não é frio, pode dizer. Mas 20º na Europa não é 20º no Brasil e, em Barcelona as temperaturas não variam tanto quanto em outras partes da Europa mesmo).

Agora uma foto minha em julho (verão, 29º) no famoso Paseo de Cólon.

La Gamba de Mariscal!
A estátua mais fofa! É um camarão com carinha feliz =)

E uma foto que dê para ver o Paseo melhor.

Passeig de Colom (em catalão)

As fotos se parecem com o que imaginou pela descrição do Zafón?

Como eu acredito que não, vou seguir essa linha. E mesmo que essas cidades pareçam diferentes uma da outra, as duas se encaixam e, ainda, são uma só. E talvez seja a razão (ou uma das) de eu ter me apaixonado tanto por Barcelona.

Mas não vou fazer um álbum de viagem aqui. Só quero falar um pouquinho sobre ela. Sobre a cidade onde cabe becos escuros com paredes de pedras, praias lotadas com um imenso céu azul, museus e escolas com caras de castelos e, no mínimo, um bar e um café a cada esquina, sem falar nas festas de todas as noites.

Museu d'História de Barcelona, no Bairro Gótico
Tem Barcelona para todos os gostos, para todas as pessoas.

Para o Zafón, para mim, para você.

Caso precisem de alguma coisa, dica etc, tenho prazer em falar sobre a cidade :D



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