O Menino da Mala - Lene Kaaberbol e Agnete Friis

24 de novembro de 2013

O menino da Mala
Lene Kaaberbol e Agnete Friis
Editora Arqueiro
256 páginas




Mais um livro da série Marcelle Perdida no Lado de Lá da Europa. E amando isso.

Esse vem diretamente da Dinamarca e nossa pequena cola na Wikipedia para quem não tem como forte a geografia eu diz que é o mais meridional dos países nórdicos, a sudoeste da Suécia e ao sul da Noruega, delimitado no sul pela Alemanha. Pois bem, não satisfeito, o livro também nos leva à Lituânia e rapidamente à Polônia e Alemanha... 


O Menino da Mala é o primeiro livro da série policial Nina Borg (eu não sabia que era uma série e só fiquei sabendo depois de ler, mas não pela história, li o fato em algum lugar), mas parece ser uma daquelas séries que você não precisa ler todos e/ou em ordem. 

Nina é uma enfermeira, com um ou outro problema psicológico e a mania de querer resolver tudo por ela mesma e acabar salvando o mundo, que trabalha na Cruz Vermelha na Dinamarca. Uma das coisas que eu mais gostei foi que a Nina não me pareceu uma heroína. Ela parece alguém que mais precisa de ajuda do que pode dar, mas ainda assim salva o dia. 

Tudo começa quando uma amiga, quem Nina já não via há muito tempo, liga e pede para que ela vá ao seu encontro pois precisa de ajuda. Nina estranha, mas vai. Misteriosamente, Karin dá a Nina a chave de um armário na estação de trem e a Nina não resta outra opção que não ir até lá. Ao abrir a mala, Nina descobre um menino de 3 anos nu e dopado. 

Ao mesmo tempo, na Lituânia, Sigita não faz ideia do que aconteceu com ela. Acordou em um hospital e a última coisa de que se lembra é de estar no parquinho brincando com seu filho. 

Então o livro conta, principalmente, a história dessas duas mulheres: Nina e Sigita. As duas desesperadas e correndo perigo no meio dessa situação.  Inclusive, ninguém sabe por que o menino estava na mala, se realmente seria um esquema de tráfico de crianças. se o menino estaria destinado a pessoas que vendem meninos para pedófilos, pessoas que vendem órgãos. Várias situações horríveis acabam passando pela cabeça, e ainda mais quando pessoas começam a morrer. 

Eu achei o livro muito, muito bom. Ele me prendeu durante toda a leitura, me deixando temerosa e agitada, acompanhando a Nina com um menino que ela não sabia nem de onde vinha (ela não confia que a polícia vá se importar em achar a mãe dele, então se vira como pode a mania) e a Sigita sem saber onde procurar seu filho. E, ainda, os outros personagens, cada um culpado de seus próprios crimes. Outro toque bem legal é que todos os personagens tem sérios problemas e não estão de graça no meio de uma situação como essa. Com exceção do pequeno menino que, coitado, não tem culpa de nada. 

Moral da história: não aceite doce de estranhos leia O Menino da Mala, especialmente se procura um policial rápido e muito bom. 

   


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