A Casa de Hades - Rick Riordan

29 de novembro de 2013


A Casa de Hades
The House of Hades
Rick Riordan
Intrínseca
496 páginas
2013

Okay, A Casa de Hades é o quarto volume da saga Heróis do Olimpo, então, sim, essa resenha vai ter algum nível de spoiler pra quem não leu os primeiros livros. Avisados? :)
Annabeth e Percy estão em maus lençóis. Depois de uma terrível queda, eles acabam no único lugar que semideus nenhum quer, jamais, parar: o lugar onde todos os monstros renascem. Cansados, feridos e tendo que se esconder das centenas de criaturas que mataram durante suas muitas aventuras, eles precisam se esgueirar pelos confins do Tártaro a procura das Portas da Morte. E essa ainda é a parte fácil.

Enquanto isso, no mundo mortal, os remanescentes do Argo II seguem com dificuldade pelos mares e céus, tentando chegar á Casa de Hades, lar provisório das portas da morte. Mas, apesar de contarem com um grupo talentoso, a viagem não é nada fácil e os desafios, inimigos e deuses com seus próprios propósitos se empilham em seu caminho. Mas eles precisam chegar até lá, e rápido, por que, como sempre, eles tem um prazo apertado e vidas pra salvar (a do Percy e da Annabeth inclusive, então, corre negada!).

Finalmente, depois de três volumes, Rick me entregou um livro eletrizante. Casa de Hades, apesar de seguir naquele ritmo brincalhão e educativo de sempre do Rick, é muito mais intenso e pesado do que os anteriores. Os personagens estão amadurecendo e as culpas e dores e medos deles vão se tornando mais palpáveis e densos. E é tão bonito poder ver o drama de Percy e Jason tentando decidir o que são agora, depois de suas respectivas incursões aos acampamentos "inimigos", e é muito interessante como esse embate da personalidade dos dois se reflete e tem consequências na aventura. Jason não se sente mais totalmente romano. Percy não vê a hora de montar sua casinha no acampamento Júpiter. E os outros semideuses da profecia também são afetados por essas mudanças. Frank precisa crescer (e uau, ele o faz). Nico precisa enfrentar suas verdades (e o drama e a amizade que surge com o Jason, ó, tomou meu coração pra sempre). 

Os capítulos foram divididos, como sempre, e todos os semideuses da profecia tiveram a chance de narrar parte da história. O crescimento de todos os personagens foi visível e acompanhar o amadurecimento dos semideuses a guerreiros foi tão interessante dessa vez que eu não fiquei querendo pular capítulos pra voltar pras desventuras de Percy e Annabeth. Frank e Hazel se mostraram, mais uma vez, super interessantes, e Leo acabou não tendo assim tanto espaço pra roubar a cena, embora seus capítulos ainda sejam uma das minhas partes favoritas. Até a Piper melhorou  nesse livro e seus capítulos giraram bem menos ao redor de Jason (o contrário não pode ser dito, no entanto. Adolescentes patéticos cheios de hormônios)!

Tivemos o reaparecimento de alguns personagens antigos e queridos, que me levaram as lágrimas, e nos aprofundar no drama deles foi uma coisa de cortar o coração. Destaque pra Bob, o Titã, tão querido que triturou a minha alma, e Calipso, a deusa apaixonada que é sempre deixada pra trás. É claro que, além dos bonzinhos, nós tivemos o retorno de alguns vilões também, e achei particularmente interessante poder ver de pertinho o ódio e as consequências das derrotas que eles sofreram antes. Um aspecto interessante no que, até então, era uma coisa bem rasa. O vilão aparecia, Percy espetava eles, fim. Mas os acontecimentos do tártaro fizeram Percy e Annabeth e a gente enxergar a coisa pelo outro lado também. E uau, que agonia.

A ausência de Percy e Annabeth teve o impacto que deveria no pessoal do navio, o que me deixou muito feliz, por que deixou bem claro que os dois sempre foram os mestres da missão, mesmo. Leo e Frank meio que assumiram a coisa, o que foi muito curioso, por que eu meio que estava esperando (e detestando a ideia) de que Jason e Piper ocupassem esse papel. Rick e suas surpresas. Diferente da ultima vez, em que eu senti que havia semideus sobrando, dessa vez não parecia haver semideuses suficientes: eram tantos os problemas e o nível de badasseria aumentou tanto que tudo ficou frenético e divertido, bem do jeito que eu gosto e espero numa história de Percy Jackson. Dividir o grupo de novo foi decididamente um turning point na história. Todos tiveram chances de viver pequenas, mas não desimportantes aventuras, e todos só foram melhorando como personagens enquanto faziam isso.

No geral, Casa de Hades foi um ótimo livro. Posso falar com segurança que é o meu favorito da nova saga, então recomendo loucamente, com fervor e amor. Rick pegou o jeito de novo demorou, mas foi e nos brindou com a dose certa de aventura, ação, agonia e as sempre presentes piadinhas e bom humor. Meu coração está apertado, estou curiosa, preocupada e nervosissima com as portas abertas para a nova e final aventura que se aproxima. Me pego devaneando com o Percy e imaginando o futuro dos nossos semideuses da profecia, mas minha mente de fã fica mais preocupada que otimista. Os acampamentos romano e grego, tão queridos, estão quase em guerra, e os nossos semideuses ainda precisam velejar até as terras antigas para enfrentar a mãe Gaia. E eu aqui, contando os dias para o lançamento de Blood of Olympus! 

(Mas acho que não estou pronta pra dizer adeus).

Corre e vai ler que o Percy é mara,
Beijo, beijo,

O Menino da Mala - Lene Kaaberbol e Agnete Friis

24 de novembro de 2013

O menino da Mala
Lene Kaaberbol e Agnete Friis
Editora Arqueiro
256 páginas




Mais um livro da série Marcelle Perdida no Lado de Lá da Europa. E amando isso.

Esse vem diretamente da Dinamarca e nossa pequena cola na Wikipedia para quem não tem como forte a geografia eu diz que é o mais meridional dos países nórdicos, a sudoeste da Suécia e ao sul da Noruega, delimitado no sul pela Alemanha. Pois bem, não satisfeito, o livro também nos leva à Lituânia e rapidamente à Polônia e Alemanha... 


O Menino da Mala é o primeiro livro da série policial Nina Borg (eu não sabia que era uma série e só fiquei sabendo depois de ler, mas não pela história, li o fato em algum lugar), mas parece ser uma daquelas séries que você não precisa ler todos e/ou em ordem. 

Nina é uma enfermeira, com um ou outro problema psicológico e a mania de querer resolver tudo por ela mesma e acabar salvando o mundo, que trabalha na Cruz Vermelha na Dinamarca. Uma das coisas que eu mais gostei foi que a Nina não me pareceu uma heroína. Ela parece alguém que mais precisa de ajuda do que pode dar, mas ainda assim salva o dia. 

Tudo começa quando uma amiga, quem Nina já não via há muito tempo, liga e pede para que ela vá ao seu encontro pois precisa de ajuda. Nina estranha, mas vai. Misteriosamente, Karin dá a Nina a chave de um armário na estação de trem e a Nina não resta outra opção que não ir até lá. Ao abrir a mala, Nina descobre um menino de 3 anos nu e dopado. 

Ao mesmo tempo, na Lituânia, Sigita não faz ideia do que aconteceu com ela. Acordou em um hospital e a última coisa de que se lembra é de estar no parquinho brincando com seu filho. 

Então o livro conta, principalmente, a história dessas duas mulheres: Nina e Sigita. As duas desesperadas e correndo perigo no meio dessa situação.  Inclusive, ninguém sabe por que o menino estava na mala, se realmente seria um esquema de tráfico de crianças. se o menino estaria destinado a pessoas que vendem meninos para pedófilos, pessoas que vendem órgãos. Várias situações horríveis acabam passando pela cabeça, e ainda mais quando pessoas começam a morrer. 

Eu achei o livro muito, muito bom. Ele me prendeu durante toda a leitura, me deixando temerosa e agitada, acompanhando a Nina com um menino que ela não sabia nem de onde vinha (ela não confia que a polícia vá se importar em achar a mãe dele, então se vira como pode a mania) e a Sigita sem saber onde procurar seu filho. E, ainda, os outros personagens, cada um culpado de seus próprios crimes. Outro toque bem legal é que todos os personagens tem sérios problemas e não estão de graça no meio de uma situação como essa. Com exceção do pequeno menino que, coitado, não tem culpa de nada. 

Moral da história: não aceite doce de estranhos leia O Menino da Mala, especialmente se procura um policial rápido e muito bom. 

   


Derby Girl (Whip it) - Shauna Cross

10 de novembro de 2013


Derby Girl
Shauna Cross
Editora Galera Record
238 páginas
2009

Se esse nome não te diz nada, se você não conhece nem esse livro e nem o filme, por favor, pare com isso. O livro é um YA (público jovem adulto) não muito inovador. Apesar de a protagonista ser uma menina, digamos, alternativa e desesperada para sair de sua pequena cidade natal (Bodeen - Texas), seu jeito ser bem engraçado e a história contar com um esporte pouquíssimo conhecido porém muitíssimo legal, os elementos do livro são bem parecidos com todos os outros YA que eu já li. Ainda assim, a leitura é bastante agradável.

Bliss não gosta de seu nome, de sua escola, de sua cidade, das pessoas de sua cidade e nem dos concursos de belezas aos quais sua mãe a submete. E é em um passeio de compras até Austin que Bliss descobre o Roller Derby. Ela não sabe exatamente o que é isso, mas o cartaz faz algo despertar dentro dela e cresce uma necessidade de voltar (escondida, é claro) a Austin e ver qual é. Pouco depois, Bliss entra em um dos times e precisa treinar muito para se destacar. O que ela faz, como Babe Ruthless.

Temos a garota que não gosta dela e dificulta bastante sua vida, temos o romance com a carinha de banda, temos a briga com a melhor amiga, a relação complicada com os pais. Mas o destaque do livro é o Roller Derby. Logo, sem mais delongas, vejam os vídeos e descubram mais!

Trailer do filme:



Uma matéria da marie clare sobre o esporte:



As meninas do clube do Rio explicando o esporte e sobre como foi o filme que trouxe o esporte pro Brasil!



Alguém aí do Rio anima de ir assistir um treino das meninas?











[Retroprojetor #61] Thor: O Mundo Sombrio

8 de novembro de 2013

Thor: The Dark World
Direção: Alan Taylor
Genêro: Aventura/Fantasia
Duração: 112 minutos

E lá vou eu, mais uma vez, começando um retroprojetor avisando que posso estar sendo tendenciosa aqui. Sou apaixonada pelos filmes da marvel, mesmo os mais fraquinhos cof homemdeferro3 cof e estava esperando ansiosamente pela estréia de The Dark World desde a liberação do primeiro trailer. O motivo? A coisa estava parecendo simplesmente épica. E quer saber? Foi mesmo.

Walk out of Asgard like waaaaaaaaa
badasses, babe
O Mundo Sombrio começa com Thor e sua companhia fiel de homens recolocando ordem nos 9 mundos conectados pela Bifrost. E, embora o deus do trovão esteja tão próximo da paz, ele está longe de feliz: sente saudades de seu amor humano, a jovem Jane Foster, que ainda espera por ele na Terra. No entanto, ela "tropeça" numa entrada para um mundo distante, onde um mal ainda mais antigo que o próprio Odin repousa e sua vida é atada a uma misteriosa energia negra e passa a correr perigo.

A reação de Thor é a de todo namorado zeloso: preocupado com a súbita energia bizarra e o sumiço temporário de sua amada dos olhos potentes de Heimdall, ele aparece num trovão, faz chover, abraça a bonita pela cintura e a carrega para Asgard. Isso não só desperta a fúria de Odin, como desperta também Malekith (Chris Eccly britânico maravilho nono doctor), um elfo negro que tem planos de usar a energia misteriosa para trazer a escuridão e destruição a todos os mundos. Com Odin cego para os sacrifícios necessários, cabe a Thor salvar o mundo, com a ajuda não só de seus fiéis amigos, mas também de seu traiçoeiro irmão, preso ás masmorras de Asgard pelos crimes cometidos contra a Terra e contra Asgard.

image
"That was for New York"
Eu adorei o filme. Entrou direto no segundo lugar do meu top marvel, só perdendo pra Avengers. Todas as cenas em Asgard eram lindas, aquele cenário tão bonito que dava vontade de sair voando pra lá. As roupas, as batalhas, as cenas de ação comendo soltas. E, diferente do primeiro filme do herói. nós tivemos um plot desenvolvido e evolução dos personagens, uma que não foi em nada forçada ou insatisfatória. Thor cresceu. Loki cresceu. Odin regrediu. Na verdade, foi interessante ver Odin Rei e Odin Pai em ação. E a Frigga sendo badass, sem condições.

mamãe thor chutando bundas
O filme também cresceu muito e perdeu boa parte daquela aura galhofa que o primeiro volume teve. Mas não me entenda mal, ainda tivemos um festival de piadas e eu passei boa parte do filme rindo. Mas as piadas foram bem colocadas, dentro do tom da cena coisa de irmão, enfim, dosadas para não fazer o filme ficar pastelão, como aconteceu com Homem de Ferro 3 e o primeiro Thor. Palmas para a cena de fuga de Asgard com Thor e Loki trocando insultos sobre a direção. Uma das melhores cenas, fato, não só por que foi adorável e engraçado, mas por que ainda serviu para solidificar a relação dos irmãos protagonistas.

Vale ressaltar que a performance de Tom Hiddleston merece prêmio. Loki apareceu divino, e suas emoções me atingiram bem onde doía. Destaque também para Idris Elba, o Heimdell, que mesmo sendo o guardião do arco íris ainda inspira muito respeito.

  

Com plots twits, um visual de tirar o fôlego, Chris Eccly (nono doctor! nono doctor!) no elenco, um cameo e algumas surpresas pra lá de interessantes no roteiro, Thor: The Dark World foi, fácil, o filme de herói do ano. Então não espera mais nada, corre pro cinema e vai assistir essa belezura! Eu vou de novo logo, logo.

  

Beijo, beijo, 

[Promoção] Cidades de Papel

6 de novembro de 2013



Aháaa
Estou de volta e com promoção!
O que que você me diz disso? E, além de uma simples promoção, a promoção de um livro do John Lindo Green: Cidades de Papel (clica no título pra ler a resenha!)

Para participar é só se inscrever aqui embaixo pelo Rafflecopter e ler as instruções no fim da janelinha. Qualquer dúvida: @treslapis no twitter, facebook ou treslapis@hotmail.com


Let the games begin
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