O Jogo da Mentira - Sara Shepard

30 de julho de 2013

O Jogo da Mentira é o primeiro livro de outra série da Sara Shepard, a mesma autora de Pretty Little Liars. Como fã assumida dela, eu comprei correndo para ver se eu iria me viciar nessa nova série também. 

O Jogo da Mentira
O Jogo da Mentira ( The Lying Game #1)
Sara Shepard
Editora Rocco
296 páginas

 Nesse livro, ela nos apresenta Emma e Sutton, duas irmãs gêmeas que foram separadas na infância e nunca souberam da existência uma da outra. Emma não deu muita sorte na vida, diferentemente de Sutton. Quando Emma finalmente descobre que tem uma irmã, entra em contato com ela e as duas combinam de se encontrar, Sutton desaparece. E Emma resolve descobrir o que aconteceu com a menina que ela acredita ser sua irmã.

 O Jogo da Mentira tem a essência bem parecida com a outra série da autora: uma trama de segredos, mentiras (o título grita isso, né). Particularmente, eu adoro esse tipo de enredo porque eu fico bem presa a trama. E, como se deve imaginar, a Sara Shepard é mestre em guiar bem essas situações. Por isso, O Jogo da Mentira, além de ser curto, é de uma leitura rápida, fluida e viciante. Além de todo o mistério por trás do que aconteceu com Sutton, vamos descobrindo aos poucos mais sobre a própria vida dela, assunto que Emma desconhece completamente. Isso é legal porque vamos tentando montar o que pode ter acontecido com ela nos baseando apenas em pequenos diálogos e situações cotidianas. A cada página nos sentimos mais perto de descobrir o grande mistério. Mas é só uma sensação mesmo...

Se tem uma coisa que eu realmente não gostei nesse livro é que eu o achei introdutório demais. Levando em consideração os fatos de Pretty Little Liars, eu esperava mais... SANGUE!!! hahahahahah Bom, não exatamente, mas eu queria um pouco mais de revelações, situações bizarras, sei lá! Faltou um algo mais nesse livro, aquele detalhe que te deixa desesperado pelo próximo. Foi legal conhecer a vida de Sutton e alguns de seus hábitos estranhos? Sim, bem legal. Mas eu queria que o livro terminasse de um jeito mais chocante, talvez. É ruim quando o livro termina do nada e você só quer o próximo para saber como continua uma cena? Horrível! Mas também foi ruim ler o livro e sentir que eu não sei muito mais sobre Emma e Sutton do que quando comecei... 

Bom, eu pretendo continuar lendo a série simplesmente porque eu gosto muito da autora e eu achei o livro bem divertido. Só espero que ela ganhe ritmo logo, ou que coisas malucas comecem a acontecer. As séries da Sara Shepard são longas e eu espero que ela não demore muito para nos revelar algumas coisinhas.

beijos
Julia

Top comentarista agosto + Vencedor de junho

28 de julho de 2013

Olá, pessoas, como estão?

 Então, esse mês o sorteio do Top atrasou e muito :x Mil desculpas, mas os meses de junho e julho foram muito agitados mesmo por um milhão de motivos. A quantidade de postagens diminuiu e o top demorou. Mas já está na hora do sorteio, AE :D

Esse mês foram 6 inscrições, sendo que apenas 4 tiveram a inscrição validada por comentarem no mínimo 5 vezes. A ordem foi: 

1. Adrielly Pontes - 20 comentários 
2. Gladys Freitas - 19 comentários 
3. Naty (@NatyyyC) - 19 comentários 
4. Adriane Rod - 14 comentários 


E a vencedora foi: 




Parabéns, Adrielly! Vamos te enviar um e-mail para você escolher qual será seu prêmio, ok? 


No top de agosto, a vencedora poderá escolher entre 2 livros: Aconteceu em Paris e o que a vencedora não escolher entre Paperboy e Simplesmente Ana. Assim que ela responder nós atualizamos aqui.

ATT: A Adrielyy escolheu Simplesmente Ana. Então, no top de agosto, o vencedor poderá escolher entre Paperboy e Aconteceu em Paris

Aconteceu em ParisPaperboy

A inscrição para o top do finalzinho de julho e agosto está aqui embaixo. Só irá participar do sorteio quem preencher o formulário. Para validar a inscrição, vocês devem comentar pelo menos cinco vezes e ter um endereço de entrega no Brasil. No final do mês, faremos um sorteio entre os cinco que comentarem mais. (Lembrando que quem se inscreve primeiro fica uma posição acima, caso dê empate entre os comentários)

Boa sorte a todos :)) 


A menina do capuz vermelho e outras histórias de dar medo - Angela Carter

21 de julho de 2013

Depois da minha boa experiência com O jardim secreto, também da Penguin Companhia, resolvi adquirir mais um título do selo que eu já estava de olho há muito tempo. Gosto muito de contos de fadas e assim que vi esse título fiquei bastante empolgada imaginando que traria os contos em suas versões originais. Assim que chegou o livro, eu descobri que, na verdade, os contos haviam sido selecionado de um outro livro da Angela Carter com 103 contos de fadas. Fiquei meio arrependida de não ter comprado ele logo, mas ok, vida que segue. Minha decepção maior mesmo veio quando eu descobri muitos dos contos mais famosos não estavam no livro. Parte disso é culpa minha que comprei o livro mais no achismo do que sabendo o que teria dentro dele de fato, mas ainda assim bateu aquela tristezinha. 

A menina do capuz vermelho e outras histórias de dar medo
Angela Carter
144 páginas
Penguin Companhia

Enfim, A garota do capuz vermelho e outras histórias de dar medo traz 20 contos das origens mais diversas. Contos ciganos, chineses, franceses, inuítes. Tem de tudo e o mais famoso é o A garota do capuz vermelho mesmo. A característica principal é que eles tem aquele tom mais pesado. Definitivamente, não são para crianças. A Disney ia ter que mudar bastante essas historinhas antes de transformá-las em filmes. 

Acho que a parte mais legal do livro é conhecer essas histórias tão diferentes, mas, pelo visto, bem tradicionais em seus países de origem. Os contos são todos curtos por causa do estilo da narrativa, que eu estranhei em alguns momentos. Tudo acontece bem rápido, você conhece os personagens e na frase seguinte as coisas já estão loucas na vida deles. 

No geral, eu achei os contos legais, mas poucos me conquistaram mesmo. O da Chapeuzinho Vermelho, por exemplo, eu não gostei muito exatamente por achar muito corrido. Alguns eu achei um pouco estranhos também, outros eu não sabia muito bem o objetivo, o que o conto queria passar. Enfim, como eu disse, o livro valeu mais para conhecer histórias diferentes, mas eu esperava bem mais dele. Acho que quem se interessou pela premissa, pode dar uma chance, até porque ele é bem baratinho. Outra coisa que vocês podem tentar é comprar o 103 contos de fada e ler todos logo, em vez desse com apenas 20 que eu comprei. Eu mesma pretendo ler o 103 agora, então acho que vale a pena partir direto para ele. Quando eu  o ler, eu volto e conto ;)

beijos
Julia

A Marca de Atena - Rick Riordan

12 de julho de 2013

Mark of Athena
Rick Riordan
Intrínseca
480 páginas

Annabeth está apreensiva. Depois de passar meses procurando pelo namorado, achar um semideus que devia ser inimigo e construir um navio mágico para invadir outro acampamento de semideuses, ela está com o prato cheio de problemas. E para piorar as coisas, sua mãe lhe deu uma missão estranha e assustadora: procurar a marca de Atena sozinha, e vingá-la contra os romanos. E em cima de tudo isso ela carrega o peso da profecia dos sete nas costas. E agora?

Esperei muito pelo lançamento de Marca de Atena em português. Fiquei realmente tentada a comprar em inglês, inclusive, mas dei preferencia a manter todas as minhas edições iguais na versão da Intrínseca. E agora tenho certeza de que foi uma boa ideia por que Marca de Atena foi um livro "bonzinho". Não foi ruim - é Percy Jackson, ser ruim seria bem difícil - mas também não foi tão bom quanto eu esperava que fosse. O livro, como todos do Rick, é bem humorado e conserva o ritmo frenético da aventura cheia de prazos, mas como fã do Percy, me decepcionei um pouquinho. Esperava bem mais da primeira aventura de Percy e Jason juntos e fui mais uma a provar que expectativas podem acabar com uma leitura.

Mais uma vez a história foi dividida em vários pontos de vista, mas apenas os semideuses da parte grega narraram os capítulos desse volume. Foi interessante finalmente poder entrar na cabeça da Annabeth, mas os capítulos de Piper e Percy deixaram a desejar. Leo, mais uma vez, foi o ponto alto da leitura, conseguindo ser ao mesmo tempo divertido e fazer a história continuar. Os capítulos de Piper eram um verdadeiro sufoco, por que, ó pai, eram todos sobre o Jason. Não curti estar na cabeça de uma adolescente cheia de hormônios que só é capaz de pensar no namorado que devia estar com a Reyna e. Para uma garota que gosta de bancar a tomboy, ela é bastante como todo e qualquer outro filho da deusa do amor. Os capítulos do Percy me pareceram um pouco estranhos dessa vez. Depois dos eventos de Filho de Netuno, Percy desenvolveu um trauma com a água e passa boa parte do tempo duvidando de si mesmo e tendo crises de pânico generalizado o que é completamente ilógico considerando que ele chutou muitas bundas no final do Filho de Netuno sem nenhum tipo de problema, mas ok.

O treinador Hedge teve um papel menos significativo dessa vez, mas ainda fez aparições bem humoradas. Frank e Hazel não foram nada além de fofos, e Jason foi um tanto quanto inútil por boa parte do tempo. Acho que colocar tantos semideuses em evidência é problemático não só no navio do Leo, mas pra gente que lê também. Fica um pouco difícil acompanhar todos eles com a devida atenção ou  que qualquer um deles tenha um grande destaque. No final das contas todo mundo ficou meio apagadinho, o que fez o livro menos arrebatador do que os outros, eu acho.

De todo modo, a história avançou e amadureceu. Os personagens vem com uma carga emocional muito mais pesada do que na série e nos livros anteriores, e a cada livro eles só vão empilhando mais dano emocional assim como os leitores que vão acompanhando. Eu já tinha alguma ideia do que ia acontecer no final, o que preveniu algumas lágrimas, mas não todas. E, mais uma vez, Rick fez do meu coração trapos e me deixou salivando pelo próximo volume, House of Hades. Ai.

Apesar desse livro não ser o meu favorito entre os três novos (ele ocupa o saudável lugar de número 2, tho), foi um bom livro, bem-humorado, que balanceou a dose certa de aventura com os dramas adolescentes dos nossos semideuses favoritos. Novos e antigos laços se solidificaram, uma guerra se desenhou no horizonte e, no fim das contas, Nico deixou claro que nós não poderemos escapar da tragédia no final da profecia como se eu já não tivesse tido o suficiente. Alguns mistérios foram resolvidos, novas demandas foram criadas e até mesmo tivemos um vislumbre da coexistência dos gregos e romanos. No todo, uma boa aventura, cheia de intensidade e surpresas.

Agora é esperar pelo próximo livro e pela enxurrada de lágrimas que certamente derramaremos com ele. Começando pela capa, House of Hades já é um sucesso de destroçar sentimentos de semideuses por todo o globo. Well done, Rick. Well done.

Beijos, beijos,
Thai.


O Temor do Sábio - Patrick Rothfuss

7 de julho de 2013

O Temor do Sábio 
A Cônica do Matador do Rei - Segundo Dia
Patrick Rothfuss 
Editora Arqueiro
960 páginas 
2011

O Temor do Sábio é o segundo livro da trilogia que conta a história de Kvothe. Com todo o respeito e profissionalismo do mundo, essa foi a melhor cortesia que eu tive o prazer de receber, ler e agora resenhar para o blog. Porém, aquele esquema dos spoilers (mas quase não vai ter, pode ler), você pode preferir ler a resenha do primeiro livro: O Nome do Vento

O Temor do Sábio é melhor que O Nome do Vento por diversos motivos, mas basicamente: eu estava mais necessitada do apegada ao Kvothe, tem muitas diferentes aventuras e o Kvothe está mais maduro. Na verdade, ele amadurece muito nesse livro, beijos Feluriana, em diversos níveis.

Para quem não sabe, ou não lembra, essa crônica é dividida em três partes, que são três dias. Kvothe atualmente é Kote (eu sei que é estranho), um simples dono de uma pousada, fingindo e acreditando ser quem não é, onde vive com seu aprendiz Bast (eu quero muito saber mais sobre ele). Então O Cronista descobre quem ele é realmente e Kvothe decide contar sua verdadeira história. Em três dias. O nome Kvothe é o nome de uma lenda, ou melhor, muitas lendas e, através desse crônica, nós temos acesso à verdade por trás da lenda. Por tudo isso, essas não são histórias com início, meio e fim. O primeiro livro é o início, o segundo o meio e o terceiro será o fim. Dentro de cada livro existem vários clímax, vários desfechos, várias partes um pouco mais devagar. Até porque 960 páginas.

Eu vou dizer que você deve mesmo ler essa série, mas como você talvez não me leve a sério:

"A melhor fantasia épica de 2011." - George R. R. Martin, autor de A guerra dos tronos

E agora?

A sinopse desse livro já começa falando sobre quando Kvothe passa um período fora da Universidade, então, antes de começar a ler, eu achava que isso seria logo no início. Mas não é. O primeiro terço do livro é todo com Kvothe por lá, e muita coisa acontece. Essa parte é absurdamente muito boa. Encontros e desencontros com Denna (o relacionamento deles não tem como ficar mais amável e frustrante que isso), muita confusão com o Ambrose e o fortalecimento da amizade do trio Kvothe, Simm e Wil (completamente amáveis) e ainda o acréscimo das meninas Feila e Moula ao grupo.

Em O Temor do Sábio, a maioria dos personagens são bons, porém não bobos. Então, as coisas não se baseiam em armadilhas e trapaças ou na luta do bem contra o mal. Apesar de Kvothe estar em busca dos Amir e do Chandriano, em busca de vingança. Depois de perceber que de fato seria melhor passar uma temporada longe da Universidade para deixar as coisas esfriarem por lá, sair atrás do nome do vento, encontrar um mecenas e descobrir qualquer coisa sobre os Amir ou o Chandriano, Kvothe parte para bem longe. Para a corte de Vintas, um lugar onde as pessoas da Universidade são vistas com preconceito e Edenas Ruh , que nosso moço prontamente esconde ser, então eu nem entro em detalhes.

Muita coisa acontece por lá (960 páginas), inclusive coisas que fazem Kvothe viajar ainda mais. O garoto viaja quase todos os Quatros Cantos da Civilização nesse livro mais o que está fora do mapa(tem um mapa no livro). De Vintas, ele viaja para os Montes Tempestuosos e para Ademre junto com o mercenário vermelho Tempi, outro personagem que eu adorei. Nós somos, então, apresentados a um novo povo com uma cultura completamente diferente do que estamos acostumados. E somos apresentados à Lethani. Eu me apaixonei pela Lethani. A Lethani não é o caminho, é o que te mostra o caminho; é fazer o certo; o que sempre leva ao sucesso. Não é feita para ser assim compreendida. Quando Kvothe começou a treinar a Ketan (a luta ademriana) eu fiquei muito empolgada porque, até então, ele só usava sua esperteza e simpatia (de magia) para ganhar suas brigas.

Toda essa viagem foi muito importante na criação de muitas das lendas sobre Kvothe, o Arcano, e no desenvolvimento do próprio personagem. Além de sua fama com as mulheres uiuiui. Concluindo tudo isso, eu sinto que aprendi muita coisa lendo esse livro e foi uma experiência incrível. Eu recomendo muito essa série. Por favor, leia aos pouquinhos, pegue emprestado, não sei. Mas leia-a. Lei-a mesmo porque vale muito a pena.

Beijos,
Celle.

P.s.: o empolgadão da foto é O Patrick Rothfuss <3


Retroprojetor #59 Universidade Monstros

5 de julho de 2013

Monster University
Disney Pixar
Direção: Dan Scalon
Duração: 104 minutos

Tá, eu sei. Outra animação. Mas, vai é Disney! E é Monstros SA!

Universidade Monstros conta a história de Sulley e Mike Wazawsky antes deles se tornarem estrelas na Monstros SA. E, bom, de fato eu esperava um filme muito bom porque eu sempre gostei muito de Monstros SA e tenho um amor especial pelo Wazawsky. Inclusive eu demorei bem mais do que gostaria para ver esse filme.

A primeira surpresa é que antes da história na universidade propriamente dita começar, vemos como nasceu o sonho do Wazawsky de estudar na Monster University e se tornar um assustador. E pausa para fofura infinita. Derreta-se, caso ainda não o tenha feito.

É claro que, como em todo desenho animado, e aqui eu generalizo com certa segurança, as lições passadas não são originais, porém o mais importante é como elas aparecem. Acho que só de ser uma animação sobre monstros fazendo faculdade já torna tudo muito divertido e fácil de se identificar.

Na Universidade estão Sulley, Wazawsky e Randall e todos aqueles outros monstros novos que você vê no trailer. E o que acontece é que eles acabam se metendo em todas as confusões possíveis e imagináveis, mesmo que Sulley não queira nada com estudos e Wazawsky seja o maior rato de biblioteca do campus.  Eu estava com um pouco de medo de as partes mais engraçadas serem as do trailer, mas o filme me surpreendeu e eu me vi muito apaixonada por ele. Agora eu gosto ainda mais de Universidade Monstros do que eu gosto de Monstros SA.

E é óbvio que eu recomendo que você veja esse filme. Eu, inclusive, recomendo que você o veja em 3D e sinta todo o amor e a fofura, além da diversão, que emanam dele. Seja você um fã de monstros, um fã de nerds, ou apenas uma pessoa com um coração.

Beijos, 
Celle. 

Lugar Nenhum - Neil Gaiman

3 de julho de 2013

 
Lugar Nenhum
Neil Gaiman
Editora Conrad
336 páginas
2007 

Em 'Lugar Nenhum' Neil Gaiman conta a história de Richard Mayhew, um jovem escocês que vive uma vida normal em Londres. Tem um bom emprego e vai se casar com a mulher ideal. Uma noite, porém, ele encontra na rua uma misteriosa garota ferida e decide socorrê-la. Depois disso, parecer ter se tornado invisível para todas as outras pessoas. As poucas que notam sua presença não conseguem lembrar exatamente quem ele é. Sem emprego, noiva ou apartamento, é como se Richard não existisse mais. Pelo menos não nessa Londres. Sim, porque existe uma outra - a Londres-de-Baixo. Constituída de uma espécie de labirinto subterrâneo, entre canais de esgoto e estações de metrô abandonadas, essa outra Londres é povoada por monstros, monges, assassinos, nobres, párias e decaídos - e é para lá que Richard vai.
Lugar Nenhum foi um livro que eu comprei sem muita pretensão apenas porque a sinopse parecia interessante (não incrível, só interessante) e estava em promoção. E então a Semana Neil Gaiman, que está acabando hoje, me deu aquele empurrãozinho para lê-lo. Assim que comecei a leitura, eu já percebi que o livro não seria nada daquilo que eu pudesse estar esperando. Lugar Nenhum é um livro adulto cheio de elementos da fantasia infantil.

Richard Mayhew é uma daquelas pessoas que não fazem muita diferença na própria vida, está noivo de uma mulher linda e bem sucedida, porém mandona e controladora, ele segue vivendo seus dias sem planos grandiosos. Até o momento em que sua vida se encontra com a de Lady Door. Lady Door é a filha mais velha de Lord Portico, a única sobrevivente da Família do Arco. Ela está fugindo, tentando salvar a própria vida e descobrir por que sua família foi assassinada. A Família do Arco tem o poder de criar e abrir portas, ou qualquer outra coisa que esteja fechada.

Richard encontra Door caída no chão no meio da calçada, percebe que não pode simplesmente deixá-la ali e a leva para casa. Foi nessa hora que a vida de Richard na Londres de Cima começou a sumir. Porque existe também a Londres de Baixo e as pessoas não podem existir nas duas ao mesmo tempo. Então, o simpático escocês se viu obrigado a correr atrás de sua vida de volta e foi parar na Londres de Baixo a procura de alguém que pudesse ajudá-lo. Porém Lady Door também se encontra em uma missão e esse mundo não é seguro para alguém como Richard, mesmo com a ajuda de ratos e Falantes de Ratês.

Richard não é lá muito corajoso e nem o mais inteligente, mas é um personagem muito cativante. Door é toda heroína, corajosa, determinada e bem falante. Outros personagens,  como o Marquês de Carabas e a Hunter, também são muito característicos. E pausa para o senhor Croup e o senhor Vandemar. Estes dois são dois dos vilões mais legais que eu já li sobre. Eles são muito engraçados, muito maus e cheios de jeitos.
- Não fique assim - consolou o senhor Croup, em um tom de encorajamento. - Sempre há mais ratos. E agora vamos indo. Temos muita coisa a fazer. Gente para machucar.
Eu adorei ler Lugar Nenhum. É um livro que te mantem preso e enfeitiçado o tempo todo até acabar. Além de ser cheio de elementos reais se entrelaçando com elementos fictícios.

Neil Gaiman escreveu essa história para uma série da BBC primeiramente e, depois, ela virou livro. Vou tentar achar essa série, é claro. Enquanto isso, eu recomendo mesmo que você leia Lugar Nenhum.

Beijos,
Celle.

Ps.: acaba hoje a promoção no Facebook da Semana Neil Gaiman! Clique aqui!

Top 10 Segunda-Feira #20 - Livros que eu estou lendo agora (ainda!)

1 de julho de 2013


Eu gravei com a câmera pra tentar fugir da qualidade horrível da webcam, mas o vídeo ficou com um tamanho absurdo e eu tive que deixar ele com uma qualidade horrível anyway ): Enfim, espero que gostem do top 10 mesmo assim, haha.

Beijo, beijo,
Thai.
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