Liberta-me - Tahereh Mafi

16 de junho de 2013


Liberta-me
Tahereh Mafi
Editora Novo Conceito
448 páginas
2013
Liberta-me é o segundo livro da trilogia de Tahereh Mafi. Se no primeiro, Estilhaça-me, importava garantir a sobrevivência e fugir das atrocidades do Restabelecimento, em Liberta-me é possível sentir toda a sensibilidade e tristeza que emanam do coração da heroína, Juliette. Abandonada à própria sorte, impossibilitada de tocar qualquer ser humano, Juliette vai procurar entender os movimentos de seu coração, a maneira como seus sentimentos se confundem e até onde ela pode realmente ir para ter o controle de sua própria vida. Uma metáfora para a vida de jovens de todas as idades que também enfrentam uma espécie de distopia moderna, em que dúvidas e medos caminham lado a lado com a esperança, o desejo e o amor. A bela escrita de Tahereh Mafi está de volta ainda mais vigorosa e extasiante.

Liberta-me, como já diz a sinopse, é a continuação de Estilhaça-me. Então, caso você ainda não tenha lido o primeiro, eu recomendo que você mude para essa resenha, leia Estilhaça-me e evite spoilers.  

Eu gostei muito mesmo de Estilhaça-me, com sua narração não de fatos, mas de sentimentos, todas as dúvidas e desesperos de Juliette. Acho linda a forma como essa série é escrita. Liberta-me continua no mesmo estilo. Mas mesmo com aquele final empolgante e cheio de expectativas de Estilhaça-me, no começo desse livro, Juliette está novamente muito depressiva. Chorando pelos cantos, se abraçando no escuro e se odiando por ser quem ela é. 

Eu entendo o lado dela. Imagina se você não pudesse tocar em nenhuma pessoa sem matá-la machucá-la, tivesse passado quase um ano trancada sem ver nada e nem ninguém e, de repente, se visse no quartel da resistência à dominação de um  mundo onde os pássaros nem voam mais. E some ser uma adolescente apaixonada. Então, eu não a julgo. 

E, ainda, por estar com saudade desse estilo tão gostoso e intenso da Tahereh Mafi, eu aproveitei bastante o início do livro, mesmo assim. Porém, até os outros personagens do livro perceberam que se a querida Juliette não se mexesse e parasse de sentir pena de si mesma, a história nunca iria andar. E é por isso que, depois de receber umas verdade jogadas em cima dela, Juliette acorda para a vida e o livro fica muito bom!   

O foco dessa série nunca foi a situação do novo mundo em si. Mas sim, Juliette, seus amores e suas confusões mentais. Então, eu já esperava por isso mesmo. A relação entre Adam e ela fica muito prejudicada devido à rotina do Ponto Ômega e outras coisitas mais. Mas a guerra está a cada dia mais próxima, a população não está mais tão submissa quanto antes e não deve demorar para que o Restabelecimento enfrente o Ponto Ômega. 

E para quem está se perguntando sobre Warner e o final de Estilhaça-me: digo que se prepare e aproveite porque isso está sensacional. Os destaques do livro são a relação Juliette-Adam-Warner com um toque novela da Globo  e a maior atenção que é dada ao Kenji. E ficou tudo muito legal porque Kenji é um personagem engraçado e dá um toque mais descontraído à história. Sem contar que Juliette-Adam-Warner é bem melhor que apenas Juliette-Adam. Só tenho a reclamar do final que só tem a Juliette, não nos dizem o acontece com nenhuma das outras pessoas do mundo, então me senti um poco perdida no fim. Agora só falta um para acabar a trilogia, mas para quem já acha que vai ficar com saudades, há um ebook que se passa entre Estilhaça-me e Liberta-me, narrado pelo Warner, que a Novo Conceito liberou para a gente. Baixe aqui! 

Beijos, 
Celle. 


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