Mergulhando no oceano no fim do caminho

29 de junho de 2013


Curtindo a Semana Neil Gaiman?

Hoje resolvi fazer um post com alguns fatos interessantes sobre o novo livro do Neil Gaiman: O oceano no fim do caminho. Não é uma resenha, até porque nenhuma de nós o leu ainda. É uma coleção de curiosidades que tenho lido por aí.

Foi há quarenta anos, agora ele lembra muito bem. Quando os tempos ficaram difíceis e os pais decidiram que o quarto do alto da escada, que antes era dele, passaria a receber hóspedes. Ele só tinha sete anos.
Um dos inquilinos foi o minerador de opala. O homem que certa noite roubou o carro da família e, ali dentro, parado num caminho deserto, cometeu suicídio. O homem cujo ato desesperado despertou forças que jamais deveriam ter sido perturbadas. Forças que não são deste mundo. Um horror primordial, sem controle, que foi libertado e passou a tomar os sonhos e a realidade das pessoas, inclusive os do menino.
Ele sabia que os adultos não conseguiriam — e não deveriam — compreender os eventos que se desdobravam tão perto de casa. Sua família, ingenuamente envolvida e usada na batalha, estava em perigo, e somente o menino era capaz de perceber isso. A responsabilidade inescapável de defender seus entes queridos fez com que ele recorresse à única salvação possível: as três mulheres que moravam no fim do caminho. O lugar onde ele viu seu primeiro oceano.

O livro O oceano no fim do caminho, que está sendo lançado no Brasil e nos Estados Unidos ao mesmo tempo, é um livro quase autobiográfico. Gaiman disse, em entrevista à Folha de São Paulo, o seguinte:

"Para entender isso melhor, imagine um mosaico. Cada quadradinho vermelho que forma o desenho é real, mas isso não quer dizer que o mosaico como um todo seja real. No caso do livro, a família não é a minha família verdadeira. O narrador de sete anos de idade é mais ou menos eu, mas não acho que, ao crescer, acabei me tornando a versão adulta daquele narrador."

Gaiman, na verdade, achava que estava escrevendo simplesmente um conto com um quê bastante pessoal. Ele queria contar para sua mulher como ele era quando criança. E acabou escrevendo um livro.

Que tipo de pessoa escreve um livro sem querer

Pois bem, fique sabendo também que o livro vai virar filme! Depois de já ter Stardust e Coraline adaptados para o cinema, mais um livro do autor vai entrar nessa. O diretor é o Joe Wright e deixa Neil Gaiman feliz por ser "muito inglês". Achei isso uma graça. 

Agora deem uma olhada nas capas romena, inglesa e americana. Achei a inglesa bem feia, diga-se de passagem.



Beijos!
Celle

Ps.: lembrando que está rolando promoção do livro pelo Facebook. Clique aqui!

Especial #4: apresentando Neil Gaiman

27 de junho de 2013



Quem lembra da coluna Diva do Mês? 
Hoje nós nos juntamos para fazer uma mistura de duas colunas para a Semana Neil Gaiman, que começou ontem (26) e vai até o dia 03/07.
A semana está sendo organizada pela Editora Intrínseca e seus blogs parceiros. Tudo para divulgar o autor e seu mais novo trabalho: o livro adulto O oceano no fim do caminho.
Nós esperamos que vocês curtam muito essa semana especial e aproveitem para conhecer, ou conhecer mais, esse autor! E teremos mais posts relacionados com ele durante a semana. 

Divo:

Neil Gaiman

HEHEHEHEHEHE CREEPY

Quem é?

will eventually grow up and get a real job. Until then, will keep making things up and writing them down.
Seu twitter,  @neilhimself

Neil Richard Gaiman é um autor britânico de quadrinhos e romances. Ele é de Hampshire e, ainda na infância, um grande amor pela leitura começou a crescer. É possível notar isso porque ele mesmo se descreve como uma criança criada em biblioteca, que não seria quem é hoje sem elas. Visto isso, não é nenhuma surpresa que ele tenha se tornado um autor. Começou a escrever como jornalista. Em seguida, escreveu duas biografias: da banda Duran Duran e do autor Douglas Adams. Depois partiu para os quadrinhos, graphic novels e seus romances. E então participou até como dublador em séries e filmes.
Neil Gaiman é também o patrono da The Science Fiction Foundation (Fundação da ficção científica) e do Open Rights Group.
  
Sobre seu trabalho:

Acredito que a obra mais conhecida de Neil Gaiman seja Sandman: O livros dos sonhos. Na verdade, Sandman é uma série que tem como personagem principal S. Outra obra do autor muito famosa (e a que me fez conhecê-lo) é Coraline, que foi transformada em um filme que tem o mesmo nome. Há também Stardust, que também virou um filme, e muitos outros livros: O livro do cemitério, Coisas Frágeis, Deuses Americanos, Lugar Nenhum, Os Filhos de Anansi e, o mais recente, O Oceano no Fim do Caminho.
Neil Gaiman já participou de um episódio de Os Simpsons (The Book Job), no qual dubla a si mesmo. E ele também escreveu dois episódios para as novas temporadas de Doctor Who e o primeiro deles, o The Doctor's Wife, ganhou uma chuva de prêmios lá na terra da Rainha.

Cast Amor Autor Amor Série Amor Amor Amor Amor
The Doctor's Wife é um episódio super diferente do resto da temporada lame do Moffat. Nele, a TARDIS, a "nave" do Doctor, tem sua alma revertida para o corpo de uma mulher, a IDRIS, depois que  sua energia é drenada. É um episódio muito bonito e feito de lágrimas, por que nós finalmente podemos ver a TARDIS se manifestar de verdade. É triste, é emocionante e toca, pra quem acompanha, num ponto muito importante da vida doctor: afinal, a TARDIS é a única que o acompanha sempre, desde o começo, pra onde ele precisa ir - muito embora, nem sempre onde ele precisa estar é onde ele queira ir. Ela é a única que nunca vai embora, e, pra um alienigena de 1000 anos, isso faz toda a diferença. Neil soube escrever a Idris de maneira muito delicada, inteligente e até inocente, e eu não conhenço um whovian que não tenha gostado do resultado.

Neil foi convidado a escrever mais um episódio e, depois de recusar, ele voltou atrás e escreveu um episódio com os clássicos Cyberman, humanos que foram "melhorados" com a adição de partes mecânicas e a subtração dos sentimentos. O desafio proposto pelo Moffat, showrunner e boss supremo da série também conhecido como o capeta, era que Neil tornasse os cybermen assustadores de novo. Eu, particularmente, não achei o episódio assustador: tinha crianças, questões éticas e um embate do doctor contra ele mesmo que, além de ser brilhante, foi bastante divertido. Neil disse em entrevista que tem vontade de criar algum monstro novo pra Doctor Who, algo que vá ser explorado futuramente. Ele queria deixar um legado na série britânica mais querida da história. No entanto, apesar dos episódios sensacionais, ele ainda não criou nada chocante e que possa ser reutilizado por outros roteiristas convidados. Esperemos pra ver se ele vai voltar agora na oitava temporada e realizar o desejo de escritor (Volta Neil! A gente quer mais episódios fodas!).


O que eu mais gosto nele: 

Neil Gaiman é dono de um estilo que para mim é bem difícil de ser definido. Ele criou personagens presentes na literatura infantil que são de assustar qualquer adulto e colocou personagens adultos com histórias adultas em mundos de fantasias imaginadas apenas por quem tem a mente, ou uma parte dela, de criança. A versatilidade do autor e também seu jeito de escrever fantasia com um toque bem adulto e sombrio são incríveis para quem gosta deste tipo de coisa. Particularmente, eu adoro. 

Prêmios: 

Neil ganhou também, com o episódio que escreveu para Doctor Who, The Doctor's Wife os prêmios Ray Bradbury Award por melhor episódio dramático de 2011 e o Hugo Award de 2012, na mesma categoria.

Último trabalho até o momento:

Aqui no Brasil: O oceano no fim do caminho, lançado pela Intrínseca

Website:


Mas... e aí?

Acho que o Neil Gaiman já é um autor bastante conhecido por aí, mas que, infelizmente, pouca gente já leu aqui no Brasil. Então, que tal começar? Agora que você já conhece um pouquinho dele e do seu trabalho, já deve ter uma ideia de por onde iniciar suas leituras, não?

Senão, a gente ajuda! A primeira dica que eu temos é o conto Como falar com as garotas nas festas. Ele está disponível gratuitamente na Amazon e vem também com um comecinho de O oceano no fim do caminho. Eu já li, gostei bastante. Fala basicamente de "Dois garotos lotados de hormônios, uma festa e mulheres com uma beleza de outro mundo". Apesar de ser bem curtinho, o autor conseguiu dar um toque diferente para a história. 
E, se você já conhece e é fã do autor; ou se leu o conto, leu o trecho do novo livro dele e ficou curioso; ou se você não leu nada dele, mas mesmo assim quem conhecer mais: PROMOÇÃO! AÊ! 

A promoção é pelo Facebook, começa hoje e vai até 03/07.

Clique aqui para ler as regras e participar!

Beijos,
Três Lápis

#MergulheEmNeilGaiman

     

Rabiscando em Série #15: Séries que eu parei na segunda temporada

21 de junho de 2013

No último post de séries, sobre Homeland, eu comentei que gostava dela porque a segunda temporada não tinha muita enrolação. Inspirada por esse tema, eu resolvi mostrar para vocês quais foram essas séries que eu acabei abandonando na segunda temporada HAHA. Foge um pouco do Rabiscando em Série normal, mas eu achei legal mostrar algumas das minhas decepções.


Hart of Dixie: Zoe Hart se forma em medicina em NY e acha que realizará todos os seus sonhos. Após terminar com seu namorado e perder o emprego, Zoe consegue apenas um emprego na pequena cidade de Bluebell.
Eu não tinha gostado muito do primeiro episódio, mas tem a Rachel Bilson (que eu amava em The OC) e a série tem um clima de cidade de interior que me lembrava Gilmore Girls. Acho que na esperança de voltar a ter um pouquinho dessas duas séries que eu amava, eu continuei vendo. Acabou que eu gostei bastante da primeira temporada, mas logo no começo da segunda eu fiquei de saco cheio por causa de um triângulo amoroso e larguei.




Once Upon a Time: Uma série sobre contos de fadas, ou seja, não podia ser mais apaixonante. Eu realmente amei a primeira temporada. Achei tudo muito bem feito e amei as releituras. O problema é que Once Upon a Time tem muitos personagens. Alguns eu amava, outros eu odiava. E não tinha como seguir a história de todos eles de uma vez. Na segunda temporada, quando meus favoritos desapareceram por um tempo, desanimei e parei de ver.



Revenge: Não sei se alguém ainda não conhece Revenge, mas conta a história de Amanda Clarke, que volta para os Hamptons com a identidade de Emily Thorne para se vingar de todos que destruíram sua vida e do seu pai.
Eu realmente amo essa série. Ela é bem boa e a primeira temporada foi sensacional. Muitas coisas se resolveram ainda na primeira temporada, então não ficaram nos enrolando com nenhum mistério. O problema foi que a segunda temporada não começou tão boa e emocionante como a primeira e eu não ficava mais esperando o lançamento dos novos episódios. Eu parei bem no começo da segunda e já sei umas coisas que vão acontecer, então até pretendo voltar. 



Troféu "Só voltei porque prometeram um bom season finale" - Pretty Little Liars: Eu lia os livros, eu via a série e eu gostava dos dois. Acho que a série fez sucesso demais e a partir da primeira temporada umas coisas absurdas demais começaram a acontecer, outras foram ficando esquecidas. Comecei a notar que a série poderia não responder um monte de dúvidas e desisti de ver, já que eu já lia os livros. Mas eu voltei antes do season finale da segunda temporada. Vi tudo correndo de uma vez. Por que? Eu sigo a ABC no facebook e eles começaram a prometer algo bem chocante no final da segunda temporada. E no hiatus da terceira. E no final da terceira. Ou seja, a ABC está me fisgando de volta para a série me deixando muito curiosa. 


De todas aí, a que tem mais chances de eu voltar a ver é Revenge. Depois Once Upon a time e por último Hart of Dixie. Mas, sinceramente, essas duas não me animaram muito pra voltar ainda não.

beijos,
Julia

Quando eu participei: A Revolta do Vinagre

20 de junho de 2013

Como vocês sabem estamos vivendo um momento muito especial na história do Brasil. Nossa juventude, a gente, está nas ruas. E nós queríamos, de alguma forma, falar sobre isso com vocês. Sobre a Revolta do Vinagre, sobre as reivindicações do povo contra o aumento das passagens do transporte público, o dinheiro supostamente gasto na Copa, a PEC37, a bagunça do Congresso Nacional... 

Conseguimos que os preços das passagens voltassem aos anteriores (com muito sacrifício, caras feias, spray de pimenta, hipocrisia e discursos de "haverão consequências"). Mas não vou fazer um post exatamente sobre essas coisas porque acho que não cabe aqui e, sinceramente, não sou polêmica. Só acho que devemos ir para as ruas sim, e que dá para mudar sim. 


O que eu vou contar é o que eu vi lá no 3º Ato Unificado em Niterói Contra o Aumento. E eu vou falar de coisas boas, de coisas bonitas e até de coisas divertidas, porque é para se levar a sério? É CLARO QUE É. Mas eu posso ser legal mesmo assim? POR FAVOR! Não vamos fingir que não somos da geração que somos. 

Enfim, cheguei no centro de Niterói - RJ por volta das 18h, e já estava tudo muito cheio. Quantos manifestantes eram? Não sei. Uns dizem 5 mil, outros 30 mil, outros mais de 50 mil. O que eu sei é que era muita gente. Lá do meio, não tem como se ver esse tipo de coisa, é claro. 

Para quem não conhece Niterói, a Amaral Peixoto é uma das principais avenidas da cidade. Ela fica bem no centro e dá acesso aos nossos terminais rodoviário e das barcas. A rua tem 1003m de comprimento por 20m de largura e simplesmente lotou (olha a foto dela aí). E tinha também um grupo bem grande que se separou e tentou subir a Ponte Rio-Niterói.

Pois bem, caminhamos, encontramos amigos, vimos muitos, muitos cartazes e rostos pintados de verde e amarelo e bandeiras nacionais. O pessoal no alto dos prédios piscava as luzes, jogava papel picado, pulava e cantava junto com a gente. Os manifestantes da rua cantavam "VEM, VEM PRA RUA VEM, CONTRA O AUMENTO!" e "OLÊ OLÊ OLÊ OLÁ, SE A PASSAGEM NÃO ABAIXAR, NIKITI NIKITI NIKITI VAI PARAR!". É estranho, mas esse é o apelido de Niterói.  Também cantamos o Hino Nacional. 

E eu estava lá, atenta a cartazes especiais:



Preciso dizer alguma coisa? Acho que não, mas direi mesmo assim

A Carol, com a blusa dos Targaryen e o cartaz Dracarys, estava comigo, as outras pessoas, encontrei por lá. Quando eu vi o OUÇAM-NOS RUGIR! eu comecei a pular e mostrar para todo mundo por lá, porque foi muito empolgante! Para quem não sabe Ouça-me Rugir! é o lema da Casa Lannister, a família loira, rica e má inteligente incrível  de Guerra dos Tronos. Para o das Horcruxes a gente teve que ficar tentando chamar a atenção do menino para ele virar para a gente e rolou aquele reconhecimento de fã de GoT com fã de HP. 

Vi outros cartazes bem dignos também. Não fiquei procurando nada que eu já não tinha visto no facebook, ok?


Não foi juquinha não. 

Foi uma experiência muito boa no final das contas. O que eu quero é mostrar quem é que está nas ruas: são jovens animados, às vezes nerds e fanáticos como nós. Brasileiros. Não são os bandidos que muitas vezes protagonizam os vídeos que vemos, são as pessoas que saíram do trabalho, do colégio (Pedro II, eu vi <3), da UFF faculdade (sem fa-cul-da-de!) e foram para as ruas se manisfestar de maneira bela e pacífica. 

E, mesmo porque eu quero mostrar como tem gente boa nas ruas, que eu preciso falar sobre as partes ruins, mas só um pouco. Eu fui embora pouco antes de começar a violência e bagunça, e foi como se os bandidos estivessem caminhando vários metros atrás de mim. Chegando no fim da rua, houve a primeira bomba (não sei qual, não sei onde, não sei o que era capaz de provocar, só ouvi o barulho) e as pessoas começaram a correr. Parabéns às pessoas corajosas e controladas que sempre apareciam com suas posturas seguras para gritar "Calma, não corre" e puxar o canto de "Sem violência". Eu me sentia segura enquanto estava cantando isso. Engraçado. Houveram outros estouros parecidos, pessoas correram de novo, mas participar de um bloco de pessoas travando uma esquina e cantando Sem violência foi simplesmente lindo. E eu agarrei os braços dos amigos enquanto eles diziam "calma, Marcelle" e riam um pouquinho de mim.

Não quero falar o que eu acho sobre esses boicotes às manifestações, porque não são coisas educadas a se dizer, mas eles são ruins. Gás lacrimogênio é uma coisa muito forte e cheiro de vinagre também. Logo que comecei a voltar, senti o cheiro do vinagre, então passaram pessoas com olhos muito vermelhos e meu nariz e meus olhos começaram a arder. Entendam que eu estava muito longe da confusão e eu não vi o caos de verdade, eu só ouvi e senti. Foi a hora que eu pensei "a civilização já está acabando por hoje" e fiquei extremamente frustrada. Porém o movimento não acabou, e além de ir para a rua, há outras formar de ajudar. Por exemplo, se você mora em uma região que está rolando manifestação, libera o seu wi-fi! O importante agora é não parar. Por que há, a gente não está na rua por vinte centavos. A gente está na rua pelos nossos direitos.

#hojevaisermaior #vemprarua #semviolência. 

Beijos, 
Celle. 

[Resultado de Promoção] No Escuro

18 de junho de 2013


Acabou a promoção, gente! Muito obrigada a todos que participaram e divulgaram. E cá está o resultado:

a Rafflecopter giveaway

Parabéns Stefani! Por favor, responda nosso e-mail em até 3 dias, ou será feito outro sorteio.

Como sempre, em pouco tempo haverá promoção nova!

Beijos,
Celle.


#vemprarua #revoltadovinagre

Top 10 Segunda-feira #19: Livros para ler na praia

17 de junho de 2013

Olá amores,

Post sem vídeo porque estou sem câmera e sem tempo de upar um vídeo mesmo se eu tivesse uma câmera (que eu não tenho nesse momento).

Seguindo a onda de Julia de fazer o Top da semana do The Broke and the Bookish, cá estou eu com vários livros que você faria bem em ler na praia. Eu tive, porém, dificuldade em escolher esses livros porque eu não tenho livros óbvios. Tipo livros com histórias que se passam em praias. Mas, ainda assim, procurei por livros pequenos, porque ninguém leva um livro imenso para a praia, e que você preferiria lê-lo a passar o dia inteiro dentro d'água. Porque eu adoro ficar no mar, mas cansa.

Ah, por favor, clique nos títulos para ler as resenhas.



1. O Teorema Katherine - porque é muito divertido, rápido, sem muita pretensão e nerd. E já que você está lendo em uma praia no Brasil, ou seja, sendo a pessoa mais nerd em um raio de 25 quilômetros, seja nerd direito e leia John Green.

2. Caminhos de Sangue - porque é rápido e muito bom. E cheio de ação e, especialmente se você é uma garota, você vai se esquecer das celulites de fora e vai se sentir muito poderosa porque é assim que Caminhos de Sangue é: cheio de poder feminino.

3. Deslembrança - porque é bem legal mesmo. E eu estou com vontade de relê-lo. É um YA com um toque de suspense que te prende de diferentes maneiras, então ele te deixa sempre querendo mais.


4.  Eu sou o Número Quatro - porque nada como uma praia para você não levar um livro a sério. E é o que eu recomendo para que você goste dessa série, não a leve muito a sério.

5. A Mediadora - toda a série. Porque é a melhor série da Meg Cabot e os livros são todos minúsculos. Além de ser a história de uma adolescente agressiva que vê fantasmas e acabou de se mudar de Nova York para Califórnia. Logo, muita praia, mesmo que o tema não seja esse. Eu amo essa série, preciso relê-la.

6. P.S.Eu te Amo - porque tem suas tristezas, mas é super amoroso, e amor lembra quentinho que lembra sol que lembra praia. E também porque eu li uma parte dele na praia e calhou de ser uma parte especialmente engraçada. Então eu sempre lembro disso.



7. A Maldição da Pedra - porque eu tenho a tendência de me apaixonar por livros imensos, mas esse foi um livro pequeno que eu simplesmente amei. Leia-o em qualquer lugar.

8. O Atlas Esmeralda - porque "o livro é realmente cheio de ação e muito divertido [...] E eu adorei! Ele tem um quê de Harry Potter, de Nárnia". Minha resenha está dizendo: esse livro é só amor.

9. Como se livrar de um vampiro apaixonado - porque eu sempre falo desse livro, não? Mas é que ele é muito divertido mesmo. E segue a onda nerd na praia. Leia sobre vampiros na praia e seja feliz.


10. Hex Hall - porque é um YA sobrenatural. É esse tipo de guilty pleasure que você pode não querer ler na faculdade, mas se está na praia... quem se importa? Não que eu me importe em qualquer circunstância, eu lembro que lia Hex Hall até andando pelo shopping. 


Olhando agora, acho que minhas escolhas foram bem esquisitas. Então, o que vocês leriam na praia?

Beijos,
Celle.

Liberta-me - Tahereh Mafi

16 de junho de 2013


Liberta-me
Tahereh Mafi
Editora Novo Conceito
448 páginas
2013
Liberta-me é o segundo livro da trilogia de Tahereh Mafi. Se no primeiro, Estilhaça-me, importava garantir a sobrevivência e fugir das atrocidades do Restabelecimento, em Liberta-me é possível sentir toda a sensibilidade e tristeza que emanam do coração da heroína, Juliette. Abandonada à própria sorte, impossibilitada de tocar qualquer ser humano, Juliette vai procurar entender os movimentos de seu coração, a maneira como seus sentimentos se confundem e até onde ela pode realmente ir para ter o controle de sua própria vida. Uma metáfora para a vida de jovens de todas as idades que também enfrentam uma espécie de distopia moderna, em que dúvidas e medos caminham lado a lado com a esperança, o desejo e o amor. A bela escrita de Tahereh Mafi está de volta ainda mais vigorosa e extasiante.

Liberta-me, como já diz a sinopse, é a continuação de Estilhaça-me. Então, caso você ainda não tenha lido o primeiro, eu recomendo que você mude para essa resenha, leia Estilhaça-me e evite spoilers.  

Eu gostei muito mesmo de Estilhaça-me, com sua narração não de fatos, mas de sentimentos, todas as dúvidas e desesperos de Juliette. Acho linda a forma como essa série é escrita. Liberta-me continua no mesmo estilo. Mas mesmo com aquele final empolgante e cheio de expectativas de Estilhaça-me, no começo desse livro, Juliette está novamente muito depressiva. Chorando pelos cantos, se abraçando no escuro e se odiando por ser quem ela é. 

Eu entendo o lado dela. Imagina se você não pudesse tocar em nenhuma pessoa sem matá-la machucá-la, tivesse passado quase um ano trancada sem ver nada e nem ninguém e, de repente, se visse no quartel da resistência à dominação de um  mundo onde os pássaros nem voam mais. E some ser uma adolescente apaixonada. Então, eu não a julgo. 

E, ainda, por estar com saudade desse estilo tão gostoso e intenso da Tahereh Mafi, eu aproveitei bastante o início do livro, mesmo assim. Porém, até os outros personagens do livro perceberam que se a querida Juliette não se mexesse e parasse de sentir pena de si mesma, a história nunca iria andar. E é por isso que, depois de receber umas verdade jogadas em cima dela, Juliette acorda para a vida e o livro fica muito bom!   

O foco dessa série nunca foi a situação do novo mundo em si. Mas sim, Juliette, seus amores e suas confusões mentais. Então, eu já esperava por isso mesmo. A relação entre Adam e ela fica muito prejudicada devido à rotina do Ponto Ômega e outras coisitas mais. Mas a guerra está a cada dia mais próxima, a população não está mais tão submissa quanto antes e não deve demorar para que o Restabelecimento enfrente o Ponto Ômega. 

E para quem está se perguntando sobre Warner e o final de Estilhaça-me: digo que se prepare e aproveite porque isso está sensacional. Os destaques do livro são a relação Juliette-Adam-Warner com um toque novela da Globo  e a maior atenção que é dada ao Kenji. E ficou tudo muito legal porque Kenji é um personagem engraçado e dá um toque mais descontraído à história. Sem contar que Juliette-Adam-Warner é bem melhor que apenas Juliette-Adam. Só tenho a reclamar do final que só tem a Juliette, não nos dizem o acontece com nenhuma das outras pessoas do mundo, então me senti um poco perdida no fim. Agora só falta um para acabar a trilogia, mas para quem já acha que vai ficar com saudades, há um ebook que se passa entre Estilhaça-me e Liberta-me, narrado pelo Warner, que a Novo Conceito liberou para a gente. Baixe aqui! 

Beijos, 
Celle. 


[Retroprojetor #58] Meu Namorado é um Zumbi

14 de junho de 2013

Meu namorado é um zumbi (Warm Bodies).
Direção: Jonathan Levine. 
Gênero: comédia, romance, ação.
Duração: 1h 37min.
Estreia: 08 de fevereiro de 2013.

Meu namorado é um zumbi é um filme que foi baseado no livro Sangue Quente, publicado pela editora Leya Brasil. Eu tive esse livro por um tempo, porque eu gosto muito de zumbis, de livros e de promoções. Mas eu comecei a lê-lo e, não que fosse ruim, mas duas páginas de um livro narrado por um zumbi foram esquisitas o suficiente. Então eu resolvi que seria melhor esperar o filme porque ver um zumbi que pensa deveria ser melhor que ler os pensamentos de um zumbi.

E foi mesmo. É como se em filmes as coisas pudessem ser mais nonsense que em livros, entende?

Pois bem, Apocalipse Zumbi e essas coisas, não é importante como e nem porquê, até porque ninguém nos conta. Mas lá está R (Nicholas Hoult), ele não se lembra do próprio nome (só que começa com R) e nem o que fazia da vida. Nenhum deles se lembra. R e M (Rob Corddry), seu melhor amigo, são zumbis com aparência ainda bastante humana e conseguem dizer algumas palavras. Eles vivem em um aeroporto. Em determinado momento, com fome, um grupo de zumbis parte em sua lenta caminhada para a cidade, a fim de conseguir algumas coisas vivas para comerem longe dos bonies (zumbis em fase já muito avançada). E acabam encontrando um grupo de jovens humanos caçadores de zumbis. Então R conhece a humana Julie (Teresa Palmer) e a leva para casa (no caso o aeroporto). 



É engraçado, de maneira sutil, como R se esforça para agradar Julie e parecer um zumbi bonitinho e bem educado. Aliás, eu achava que o filme poderia ser mais engraçado. Menos bonitinho. Acho que se vamos contar a história de um romance entre uma humana e um zumbi, poderíamos apelar bastante para a comédia. Mas, apesar de engraçado, o filme se divide entre a comédia, o romance e um tanto de ação. O que teve dois lados. Por um, foi bem legal porque o filme ficou equilibrado, tendo um pouco de cada gênero, mas por outro lado, não teve muito de nenhum deles e não ficou um filme nem muito engraçado, ou muito fofo ou cheio de ação. Acabou sendo um filme que passa um pouco despercebido. 

Meu namorado é um zumbi é um filme que você pode ver, mas não que precise. Apesar de que, no final das contas, ele tem uns quotes muito bons e passa a mensagem super clássica de all we need is love. Achei a atuação do Nicholas Hoult muito boa, de verdade. Ele é um zumbi apaixonado muito bem feito. 
Por fim, eu gosto muito dos cartazes do filme cheios de piadinhas infames. Olha os outros aqui embaixo: 


Beijos, 
Celle. 

Créditos: Adoro Cinema



O Fim de Todos Nós - Megan Crewe

11 de junho de 2013



The Way We Fall
Megan Crewe
Editora Intrínseca
267 páginas
2013

Tudo tem início com uma coceira insistente. Então vem a febre e o comichão na garganta. Dias depois, você está contando seus segredos mais constrangedores por aí e conversando intimamente com qualquer desconhecido. Mais um pouco e começam as alucinações paranóicas. E então você morre.


Kaelyn acabou de voltar para a ilha onde nasceu, depois de passar um tempo morando no continente. Ela não fala mais com o melhor amigo que foi morar fora e não tem muitas outras amizades que valorize. Por ser a única menina de pele escura da ilha, além da mãe, é claro, ela conviveu desde sempre com os olhares cruzados, e se acostumou a ficar sozinha e fazer suas coisas. Mas quando o período letivo inicia, ela quer fazer diferente. Ela quer ser uma pessoa melhor para recuperar o melhor amigo, do qual ela nem se despediu, e para viver melhor, de maneira geral. Mas antes que ela perceba, esse é o menor dos seus problemas.

Um doença estranha surge na ilha. No começo, parece uma gripe, mas o comportamento estranho dos doentes rapidamente convence a todos da seriedade do problema: o vírus ataca o cérebro e é altamente contagioso. A Ilha é posta em quarentena. A ajuda é escassa, as comunicações caem e os moradores da ilha começam a saquear as lojas e a recorrer a violência. Seria o fim?

O livro é sensacional. Toda a situação é contada a partir do diário de Kaelyn, que faz do registro um porto seguro para os pensamentos ansiosos e assustados.  Os personagens vão morrendo vão ficando cada vez mais interessantes, e nós vamos descobrindo suas facetas diante da crise junto com a Kae. Você se vê pendurado no livro, querendo e desejando que tal personagem não contraía a doença, que não deixe o mundinho da Kae. E os que ai que triste contraem a doença, vão jogando verdades no mundo que são sempre incômodas, sempre indesejadas e que deixam você (e a Kae) se perguntando se aquelas palavras eram mesmo verdade ou eram apenas o vírus falando...

A leitura me deixou sem fôlego. Não apenas pelo ritmo ou pelo horror da doença, mas pelo comportamento das pessoas diante do caos mesmo. Gangues, violência gratuita de quem deveria proteger, o abandono do governo, a falta de noticias e o medo de encarar pessoas que você conheceu a vida toda. É uma versão muito interessante (e provável) do comportamento das pessoas nessas situações. Destaque para Gav, a coisa mais cheia de amor do mundo, e Tessa, a namorada do ex melhor amigo que, de repente, era a única amiga que Kae tinha. Personagens queridos que foram torcendo meu coração ao longo do livro.

O único problema do livro foi que deixou um final super aberto e com poucas - ou nenhuma - resposta. As coisas chegam num ponto crítico de desgraças, você chora, se emociona, se descabela, e aí... o livro acaba.

minha reação quando li o final

mas aí descobri que era uma trilogia...
(tirei do google, mas a imagem é do garota it).
Enfim, então, tudo bem. O Fim de Todos Nós é o primeiro de três livros que vão contar como a situação se resolveu pra além da quarentena e da criação da cura (Se é que acharam uma mesmo. O livro não quis me contar). Mesmo assim, achei desnecessário o final sem nenhuma resposta, sem nenhuma indicação do estado de saúde da Mer, a prima fofinha da Kaelyn, ou sinal de vida do irmão dela. Hazel Grace pode achar o máximo que o livro acabe assim, sem final, mas eu gosto de saber o que acontece na conclusão da história. Fiquei frustrada sim, e quase chorei de raiva, mas a leitura foi tão absurdamente ótima que fez valer a pena assim mesmo. 

Então, sério mesmo, está recomendado. Espero que os próximos cheguem por aqui logo, por que estou louca pra lê-los!

Beijo, beijo,
Thai.

[Especial #3] Astronauta Magnetar e Graphic MSP

9 de junho de 2013

Sempre que alguém me pergunta como eu me interessei pela leitura, tem um nome que eu nunca deixo de citar: Maurício de Souza. Eu não sei ao certo com quantos anos eu aprendi a ler, com quantos eu me interessei. Minha única certeza é que tudo começou com A Turma da Mônica e eu li MUITOS, mas MUITOS gibis. Desde então, eu tenho um carinho muito grande por essas histórias. E eu tenho certeza que muitas outras pessoas também iniciaram sua vida como leitores com o Maurício de Souza, então, também devem ter esse carinho.

O fato é que inovações sempre são necessárias para manter o público interessado e conquistar novos leitores. E já houveram muitas. Personagens como o Ronaldinho Gaúcho, Turma da Mônica Jovem. E, agora, o novo projeto da Panini é o Graphic MSP. Ele basicamente envolve autores brasileiros de quadrinho que irão escrever novas histórias usando os personagens criados por Maurício (MSP quer dizer Maurício de Souza por). Até agora o projeto já conta com as releituras de:






Chico Bento, de Gustavo Duarte  Astronauta, de Danilo Beyruth 
Piteco, de Shiko 
Turma da Mônica, de Vitor e Lu Cafaggi 












Na verdade, o projeto tem origem também em outro chamado MSP50, em homenagem aos 50 anos de carreira do autor. 50 autores foram convidados para fazer releituras dos personagens do autor. O resultado desse trabalho foi lançado em 2009 e 2010, No entanto, dessa vez, cada autor tem uma revista inteira para criar sua própria história.

O único que já foi lançado foi do Danilo Beyruth, que sofreu mudanças na capa. O título oficial é Magnetar. Eu já li e gostei muito. São 82 páginas no total, entre a história e alguns extras com detalhes da criação. A história do Astronauta de Danilo Beyruth tem um conteúdo bem mais adulto. Temos algumas páginas mostrando a infância do Astronauta. Em seguida, o acompanhamos naufragado. Sua nave quebra e ele fica sozinho. O Danilo Beyruth abordou principalmente o tema solidão e eu achei a história incrível. Eu lia as histórias do Astronauta ainda criança, então é claro que gostei de ver uma história dele hoje em dia com um conteúdo voltado para a minha idade atual. Matou bastante a saudade.

Outro detalhe que eu achei legal desse projeto é que, por exemplo, eu adorei os desenhos do Danilo e a história idealizada por ele. Deu para ter uma ideia do trabalho que ele desenvolve e agora fiquei curiosa para ler suas outras criações fora do projeto Graphic MSP. Então, para mim, que era apaixonada por quadrinhos quando criança, acho que é um bom incentivo para voltar a ler quadrinho e, melhor ainda, conhecer autores nacionais.

Bem, acho que isso é tudo. Eu só quis fazer esse post para divulgar essa nova criação da Panini que eu descobri recentemente e achei que poderia interessar mais alguém. Espero ainda ver muito mais dos personagens do Maurício!

Para quem se interessou, vou deixar essa entrevista com o Sidney Gusman, editor e o Danilo Beyruth. Nela, o Sidney fala que os próximos volumes sairão ainda esse ano e fala um pouco mais sobre cada história. A que eu estou mais interessada em ler é a da Turma da Mônica mesmo.


Espero ter despertado pelo menos um pouquinho a curiosidade de vocês sobre o assunto. Caso alguém já tenha lido alguma, comenta aqui para falar o que achou. Se eu encontrar as próximas a venda, atualizo o post ou divulgo no facebook/twitter do blog.

Beijos
Julia

Créditos: Panini Comics, Omelte, blog Observatório Nerd e Metrópolis

O Prisioneiro do Céu - Carlos Ruiz Zafón

8 de junho de 2013

O prisioneiro do Céu
Carlos Ruiz Zafón
Editora: Suma de Letras
248 páginas
2012
Barcelona, 1957. Daniel Sempere e seu amigo Fermín, os heróis de A sombra do vento, estão de volta à aventura para enfrentar o maior desafio de suas vidas. Já se passa um ano do casamento de Daniel e Bea. Eles agora têm um filho, Julián, e vivem com o pai de Daniel em um apartamento em cima da livraria Sempere e Filhos. Fermín ainda trabalha com eles e está ocupado com os preparativos para seu casamento com Bernarda no ano-novo. No entanto, algo parece incomodá-lo profundamente. Quando tudo começava a dar certo para eles, um personagem inquietante visita a livraria de Sempere em uma manhã em que Daniel está sozinho na loja. [...] Esta visita é apenas o ponto de partida de uma história de aprisionamento, traição e do retorno de um adversário mortal. Daniel e Fermín terão que compreender o que ocorre diante da ameaça da revelação de um terrível segredo que permanecia enterrado há duas décadas no fundo da memória da cidade. [...] Transbordando de intriga e emoção, O prisioneiro do céu é um romance em que as narrativas de A sombra do vento e O jogo do anjo convergem e levam o leitor à resolução do enigma que se esconde no coração do Cemitério dos Livros Esquecidos.
Eu fiz alguns cortes na sinopse oficial, a fim de deixar tudo claro, mas apenas isso. Acho que ela ficou boa. 

No final de O Jogo do Anjo, o segundo livro "de um ciclo de romances que se entrecruzam no universo literário do Cemitério dos Livros Esquecidos", nos é apresentado o link que une as histórias de A Sombra do Vento com este segundo livro. Então, quando eu li aquele final, eu simplesmente enlouqueci pelo O Prisioneiro do Céu, que prometia "resolver o enigma". 

E ele resolve. Não que tenha uma resolução feliz. 

Cada um dos três livros se prende mais a um personagem e a um lado da história. Dessa vez, o personagem principal é o Fermín, o que provoca uma série de frases muito bem ditas porque Fermín fala de maneira que eu acho muito divertida. Mas a história que ele tem para contar não é nem um pouco divertida. Como seria? Caso você tenha lido algum dos livros anteriores, vai saber quão pequena é a probabilidade de uma história feliz por aqui. E como, com certeza, ela é cheia de emoção. Apesar de eu ter achado esse o livro menos impactante dos três.  

Por mais que a história se passe em 1957 - ano mais atual dos três livros - grande parte do livro é a história que Fermín decide, finalmente, contar a Daniel. E esta se passa em 1939 - depois de O Jogo do Anjo, que conta a história de David Martin Julián Carax, e antes de A Sombra do Vento, que conta a história de Daniel quando jovem. - Esta história é sobre como Fermín ganhou e perdeu o próprio nome, sobre como morreu e voltou dos mortos e sobre como conheceu Julián Carax e entrou na vida dos Sempere. 

Nesse ponto de leitura, eu me sentia até mais próxima de toda a situação do que o próprio Daniel que, coitado, não sabia nada sobre a vida de seus pais ou do próprio Fermín. E cá estou eu sabendo de todos os detalhes de toda a história, mesmo não lembrando de muitos cantinhos de A Sombra do Vento e querendo muito finalmente comprá-lo e relê-lo

É óbvio que, por favor, se você já leu os dois livros anteriores, você deve correr muito para ler esse e se impressionar com a genialidade do Zafón e, se você ainda não leu nenhum, deve parar de perder tempo. De qualquer forma, indico a ordem que eu li que também é a ordem de lançamento dos livros, mesmo que A Sombra do Vento seja o mais cheio de suspense e, talvez, o mais difícil de se ler. E ainda falta um livro! Aguardemos. Mas não muito, por favor. 

 Beijos, 
Celle. 

[Retroprojetor #57] - Detona Ralph

7 de junho de 2013

Wreck It Ralph
Direção: Rich Moore
Genero: Animação/Aventura
Duração: 108 minutos
Quantidade de Amor: Ilimitada

Detona Ralph conta a história de Ralph, um destruidor de coisas profissional. Ele é o vilão de um jogo de videogame chamado Conserte Felix Jr.!, em que o personagem principal é, obviamente, o Conserte Felix Jr, que tem um martelinho mágico para consertar tudo o que o Ralph destrói. Eles vivem em paz dentro da central de jogos de um fliperama, mas depois que o jogo acaba e o dia de trabalho termina, Ralph é ignorado pelos nicelanders, os moradores do seu jogo. E Ralph não é um cara ruim ou um bonzinho bobão, mas um cara normal que quer um pouco mais de reconhecimento depois de um dia de trabalho duro - talvez até uma torta e uma conversinha animada. E é muito difícil, para um vilão, receber essas coisas. 


Enfim, Conserte Felix Jr., o jogo, acaba de completar 30 anos e, depois de uma comemoração de aniversário desastrosa, Ralph aceita um desafio: ganhar uma medalha de herói para morar na cobertura e ser aceito pelos nicelanders. Ele então encontra o Hero's Duty; um jogo moderno em que um grupo de soldados de elite é premiado depois de exterminar insetos alienígenas. Só que Ralph é mesmo desastrado e, depois de causar uma completa confusão conseguir a medalha, é arremessado do jogo numa nave quebrada, carregando consigo um dos insetos, que não sabem que estão num videogame e comem sem parar tudo o que vem pela frente, até o código central do jogo. Ou seja: onde quer que Ralph aterrisse estará condenado ao fim. E Ralph aterrissa em Sugar Rush, um jogo de corrida com personagens fofinhos e feitos de açúcar, literalmente. 


Ralph então conhece Vanellope, uma adorável menininha com tilt que rouba sua medalha para participar da corrida do jogo. E eles precisam se unir para que ela ganhe a partida e ele recupere seu passe para uma vida melhor. Só que tem mais coisa do que parece por trás do tilt da Vanellope...

O filme é a coisa mais gracinha. Vanellope não é o que se esperaria de uma participante de uma "Corrida Doce"; ela é toda feita de sarcasmo e piadinhas e adorabilidade. Ralph é o Shrek da disney, Felix é deveras divertido e até a Callhoun é adorável, com seu jeito heroína-de-ação-vou-quebrar-a-sua-cara. E todo mundo que assiste morre de amores pelo vilão da história, o divertidíssimo Rei Doçura.


“Why did the hero flush the toilet? 'Cause it was his doodie!"

O filme é todo feito de referências ao mundo dos games, e mais de um personagem da sua infância estarão nele te dando olá. Eu nunca fui viciada em videogames, mas tive minha cota de tempo em frente a eles, e achei o filme feito de nostalgia. Sonic, Ryuu e Ken de Street Fighter e até Pacman e seus fantasminhas são só exemplos de coisas amor que dão as caras por ali. O próprio jogo Wreck It, Ralph! é  inspirado no Donkey Kong, em que o vilão acabou ficando mais famoso que o mocinho (eu adorava jogar esse, saudades infância).

A trilha sonora também merece destaque. As músicas são bem do estilo que a gente escuta em videogames mesmo e se encaixaram direitinho nas cenas. Holofotes também nos créditos, que aquecem meu coração só de lembrar: Owl City cantou When Can I See You Again? no final e eu me senti personagem de videogame enquanto via Ralph, Vanellope e Cia correndo por videogames famosinhos.

I missed you, brother!
O filme é a jornada clara do anti-herói se tornando herói, mesmo com tudo e todos contra ele. É também sobre a amizade nos lugares improváveis e sobre o sentimento de ser aceito que vive por baixo de todo mundo. A Vanellope sofre bullying dos outros moradores de sugar rush por que tem tilt, o Ralph sofre por que não é aceito por causa do papel que ocupa no seu jogo e até o vilão só não queria ser deixado pra trás. O filme é também sobre se aceitar e sobre ser melhor. É lindo, cheio de lições pra grandes e pequenos, e me levou ás lágrimas em mais de uma cena Ralph e Vanellope tho.

Eu sei, eu sei o que vocês estão pensando. Ela está me recomendando outra animação? Será que essas garotas do três lápis passam o dia vendo desenhos? Sim. Não. Mas Detona Ralph é da Disney, então dê-nos um desconto e aproveite o amor. Vai ver!

image
partiu assistir!
Beijo, beijo,
Thai.

Rabiscado em série #14 : Homeland

6 de junho de 2013

Eu me senti na obrigação de escrever sobre Homeland única e exclusivamente porque eu estou MORRENDO DE SAUDADES dessa série. Ela é realmente muito boa, viciante e eu resolvi recomendá-la para vocês enquanto não chega a terceira temporada. Vamos lá? 



Homeland começa com Carrie Mathison, agente da CIA do Centro Contraterrorista e uma das protagonistas, recebendo de um informante seu a notícia de que um soldado americano haveria mudado para o lado inimigo e estaria representando a Al-Qaeda. Logo depois, o soldado Nicholas Brody, prisioneiro de guerra por oito anos, é resgatado. Carrie tem seus motivos para acreditar que Brody seria o traidor e, embora não tenha o menor apoio de seus chefes, resolve investigá-lo. E MUITAS coisas se desenrolam daí. 
Olha só, ganhamos mais um prêmio

Embora Carrie e Brody sejam os principais, definitivamente a série não depende apenas deles. Há David Estes, chefe de Carrie. Saul Berenson, seu antigo chefe, mentor e atual melhor amigo. Nicholas Brody tem uma esposa e dois filhos, que não o vêem há oito anos, além de amigos do exército. Não posso esquecer de Abu Nazir, um dos "mandantes" da Al-Qaeda e por quem Carrie é praticamente obcecada por pistas. 

Embora já faça um tempo que eu tenha terminado de assistir as duas temporadas, eu lembro perfeitamente que, enquanto as via, eu tinha vários motivos que me faziam acreditar que Homeland era uma das melhores séries que eu já tinha visto. Não preciso nem citar que ela trata de um tema interessantíssimo: terrorismo e os esforços americanos em combatê-lo. A série é também incrivelmente bem produzida e tem atores incríveis, como a Claire Danes (que está maravilhosa no papel de Carrie). 

Então, o que Homeland tem que a difere tanto de outras séries e a transformou em um mega-sucesso lá fora? Para começar, Homeland é imprevisível. Você realmente nunca sabe o que estar por vir, que segredos cada um dos personagens esconde ou qual será o novo foco da série. Depois que a série te cativa e você
Tô voltando, família! (Resgate do Brody)
vicia nela, a cada episódio você termina mais chocada e sem saber o que pode acontecer. Não há limites,
sério (digo isso especialmente o season finale da 2ª temporada, que me deixou sem ter a menor ideia do que pode acontecer da 3ª). No entanto, apesar de tantas reviravoltas na trama, algo que eu amo em Homeland é que nunca houve um episódio que a história não evoluísse. Isto é, não houve um episódio que eu me sentisse enrolada ou me desse um mínimo de vontade de desistir da série. Com a quantidade de séries que eu comecei a assistir, amei a primeira temporada e detestei a segunda por causa de muita enrolação, foi uma felicidade indescritível achar uma que não só conseguisse manter o padrão, mas o melhorar.

Como não só de grandes reviravoltas sobre a CIA vive uma série (mentira, vive sim), Homeland também tem bons personagens, tridimensionais e com seus dramas pessoais. Alguns deles vão te irritar por serem tão errantes, ou até chatos e inconvenientes (sim), mas a verdade é que são todos muito bem construídos. Todos se mantém fieis às suas personalidade, ou pelo menos foi o que aconteceu até agora. Homeland não aborda apenas a questão do terrorismo, mas também outros temas como a volta de Brody para sua família que praticamente não o conhece, a péssima vida social de alguns trabalhadores da CIA e diversas questões da Carrie. Muito coisa é trabalhada e muito bem trabalhada.

Pôster incrível da 2ª temporada
Então, se toda essa rasgação de seda minha para a série ainda não te convenceu a assistir, eu sugiro que você assista logo os primeiros episódios para entender melhor o que eu estou falando. E, acredite, mesmo assim você ainda não terá noção do que estar por vir. 

Beijos
Julia

O Jardim Secreto - Frances Hogson Burnett

5 de junho de 2013

O Jardim Secreto era um dos meus filmes favoritos quando criança. Eu vi e revi mil vezes. Eu não fazia ideia de que tinha um livro, acho que nem tinha pensado na possibilidade. Até que eu o vi pela primeira vez há um tempinho em um vídeo da Giu, do Amount of Words. Cogitei comprar lá fora, mas enrolei tanto que a Companhia das Letras anunciou o relançamento dele aqui no Brasil e eu acabei esperando a versão traduzida mesmo.

O Jardim Secreto
Frances Hogson Burnett 
Selo Penguin da Companhia das Letras
344 páginas

Antes de começar a falar do livro em si, tenho que falar como essa edição da Penguin é boa. Eu sou fã da Companhia das Letras por natureza, acho que eles fazem um ótimo trabalho de tradução, trazem bons títulos... enfim, amo a editora mesmo. Mas nunca tinha comprado nada desse selo. A edição, além de contar com o livro em si, tem um prólogo e epílogo comentando o livro, cada um escrito por uma pessoa o diferente, comentando a história e os personagens. Ficou bem legal, porque dá para aproveitar mais a experiência da leitura, refletir um pouquinho mais sobre ela, perceber novos detalhes... enfim, já estou querendo comprar outros livros do selo.

O livro conta a história e de Mary, uma menininha mal humorada e mimada, que mora na Índia. Sua família é acometida por cólera e ela, órfã, é enviada para morar com seu tio, na Inglaterra. Mary quase nunca vê seu tio, tampouco seu primo Colin, um menino muito doente e igualmente mimado. Mais sozinha do que nunca, ela aos poucos começa a explorar o lugar e conhecer novas pessoas, como Martha, a encarregada por cuidar dela e Dickon, seu irmão. Mas, no fundo, o que Mary mais quer é entrar em um jardim trancado há dez anos. Desde que sua tia faleceu. 

Mary e Colin são duas crianças muito difíceis, mas, de algum jeito, um faz bem ao outro. As personalidades desagradáveis dos dois combinaram de certa forma e os fizeram mudar pouco a pouco. Já Dickon, que era meu personagem preferido do filme, continuou sendo agora no livro. Ele é uma criança boa, feliz, que gosta e entende muito da natureza. Ele, Martha e sua mãe são meus personagens preferidos. Doces, amáveis e que ensinam muito às duas crianças e ao sr. , pai de Colin e tio de Mary.

Algo que eu amo no Jardim Secreto é que, embora seja um livro para crianças, a autora consegue abordar uma quantidade enorme de temas. Muitos deles eu só percebi na leitura mesmo, talvez por estar mais velha e ter passado mais tempo com a história. Há a evolução das duas crianças, perda, a questão de Mary ter se tornado órfã, negligência infantil, a crença em Deus e o poder e impacto de viver uma vida feliz e manter o pensamento positivo. Alguns são abordados mais diretamente, outros de maneiras mais discreta. Mas, se você prestar atenção, estão todos lá com muitas outras coisas.


Apesar de não ter nada de sobrenatural no livro, O Jardim Secreto tem uma mágica que mexe com as crianças e os adultos no livro. E vai mexer com você também, leitor. O livro é bem escrito, é bonito e te deixa com uma sensação incrível ao terminar. Então, que tal visitar o jardim e se deixar cativar por ele também? :)

"Coisas muito mais surpreendentes podem acontecer com qualquer pessoa que, quando um pensamento desagradável ou desalentador lhe vem a cabeça, simplesmente tem o bom senso de se lembrar a tempo de expulsá-lo, botando em seu lugar um pensamento agradável e obstinadamente corajoso. Duas coisas não podem ocupar o mesmo lugar no espaço."

Beijos, beijos
Julia Nevares 

Top Comentaristas [Junho/Julho]

4 de junho de 2013

Como é esquisito já estarmos no meio do ano. 

Seguindo o mesmo esquema dos últimos 2 Tops, vamos dar a vocês a opção de escolherem entre dois livros no final desse Top Comentaristas.

Também queremos agradecer a quem se inscreveu e participou esse mês, é claro! O livro que saiu dessa vez foi o O Livro do Amanhã (resultado logo ali embaixo), então quem continua é o Simplesmente Ana. Então, o prêmio desse mês será ou Simplesmente Ana ou Paperboy. O que acham?


Ainda não temos resenhas deles (chegaram há pouquíssimo tempo!) mas assim que tivermos, eu atualizo este post. Enquanto isso, podem checar as páginas dos livros no skoob clicando nas imagens. 

Então, para participar basta:


Regras:
  • Inscrever-se no formulário abaixo. 
  • Ter um endereço de entrega no Brasil.
  • Ter, no mínimo, 5 (cinco) comentários válidos computados em qualquer post durante o mês de maio.

Pessoal, de novo, por favor, inscrevam-se apenas uma vez, tá?

E, por favor, se inscrevam com o nome que comentam, sim? Facilita muito a nossa vida. Qualquer problema, entre em contato conosco!


E o resultado de maio: 


Rossana Batista - 15
Roberta Moraes - 15
Clara Beatriz - 14
Naty  - 13
Adriane Rod - 13

O critério de desempate foi a ordem de inscrição, quem se inscreveu primeiro ficou mais em cima. E sempre é assim. 
Pois bem, e a sorteada é...

Adriane Rod!

Muito obrigada, pessoas! Participem desse também e não se esqueçam de comentar! 
Beijos!


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