[Retroprojetor #26] A Mulher de Preto

2 de março de 2012



A Mulher de Preto 
Direção: James Watkins
Gênero: suspense/terror 
Distribuidora: Paris Filmes 
120 minutos 

Em 'A Mulher de Preto', o jovem advogado londrino Arthur Kipps (Daniel Radcliffe) é forçado a deixar seu filho de três anos e viajar para a pequena vila de Crythin Gifford para tratar dos assuntos do recentemente falecido dono da Casa Eel Marsh. Mas quando ele chega à arrepiante mansão, descobre segredos obscuros no passado da cidade. Sua sensação de mal-estar aumenta quando ele vislumbra uma misteriosa mulher toda vestida de preto.



Basicamente, eu queria ver esse filme por causa do Daniel. Quem poderia imaginar? Mas eu esperava realmente gostar do filme, por que não? Mas não foi o caso. Vou avisar, de qualquer forma, que eu não achei críticas negativas por aí. As pessoas, de modo geral, gostaram do filme, levaram sustos - que é o objetivo da coisa - ficaram com medo e tal. Mas eu não faço parte dessa maioria. 

Gostei do Daniel no personagem, sendo eu uma fã de Harry Potter. Achei que ele realmente conseguiu se desvincular do papel anterior nesse filme. Não que o Daniel agora vá passar a ser conhecido como o Arthur Kipps, claro que não. Mas se eu não conhecesse, não daria muita coisa por ele não. Um bom ator e ponto que fica bem de barbinha

Primeiramente, o filme usa daquela estratégia de segurar a verdadeira trama até o clímax. Eu tentei, mas não consegui ver a hora no meu relógio, queria contar quantos minutos eu teria que esperar para começar a entender alguma coisa. Eu chutaria uns 50 minutos, ou mais. Eu sabia que o problema não era comigo, que ninguém poderia saber mais que eu apenas vendo aquilo, mas me incomodou muito. O Kipps foi para essa vila estranha e, de repente, ninguém queria ele lá, ninguém queria hospedá-lo ou deixar que ele fizesse seu trabalho. Todos queriam expulsá-lo como se ele estivesse levando uma maldição para aquele lugar. O que não é verdade. 

O único que não o trata como se fosse o portador de uma praga terrível e contagiosa é o Sr. Dayli que, ao contrário, é simpático demais. E o único proprietário de um carro pelas redondezas. Ele e a senhora Dayli são os personagens que eu mais gostei, acho. O Sr. Dayli, aparentemente, é o único que não acredita em superstições e age como um louco. 

A famosa casa, que eu não imagino alguém morando lá mesmo antes de ser abandonada, é o principal cenário do filme. É a casa assombrada mais clássica da história dos filmes de terror. Fica no meio de um pântano (sim, as pessoas só podem ir até lá quando a maré baixa), é grande, escura e cheia de macaquinhos e palhaços assustadores que tocam musiquinhas. Sério? Quem coloca um macaco que dança em movimentos de cortar pescoços e tem cara de depressão no quarto de seu filho bebê? Quem?

Mas o cenário é bonito. A fotografia é bonita. 

Algumas pessoas tem medo de coisas específicas em filmes de terror, por exemplo, Julia tem medo de espíritos, eu tenho medo de crianças. Crianças em filmes de terror são realmente terríveis para mim. E esse filme é cheio de crianças e espíritos, mas elas não são assustadoras. Não mesmo. Para não ser injusta, eu levei um susto. E o chato é que você percebe os momentos nos quais deveria ter se assustado, mas não deu certo. Mas pessoas gritavam e escondiam os rostos pelo cinema, algumas. 

A trilha sonora também clássica de filme de terror. Mas teve um tam super falho que me fez rir de novo. Porque eu ria toda vez que ouvia o som dos sustos das pessoas. Em determinado momento eu consegui me concentrar melhor - depois que a história já havia sido devidamente explicada - e gostar mais do filme. Acho que o maior problema foi deixar a gente completamente perdido em sua primeira metade. E eu também não gostei do final, apesar de ter sido algo original. Pelo menos um ponto pela originalidade. 

Talvez eu estivesse exigindo demais do pobre filme. Ou eu tenha me tornado uma pessoa sádica demais haha,  mas acho que o filme realmente poderia ser mais original e usar de alguma outra estratégia para segurar o suspense. Eu diria que não vale muito à pena, não. Mas fique à vontade para assistir e tirar suas próprias conclusões. 

Beijos, 
Celle. 
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