Coração de Pedra – Charlie Fletcher.

13 de agosto de 2011


Título Original: Stoneheart
Autor: Charlie Fletcher
Editora: Geração Editorial
Ano de Lançamento: 2007
Número de Páginas: 464 páginas
   Aconteceu num passeio a um museu de Londres. George, injustamente, foi colocado de castigo por fazer algazarra e mandado refletir sobre suas ações. Com raiva, saiu do museu e socou um monumento da parede, um pequeno dragão esculpido em pedra. Esperou pela dor. Esperou, mas ela não veio. Ao invés disso, o pedaço do monumento que ele socou, a cabeça do pequeno dragão de pedra, caiu no chão. E ele a pôs no bolso. E todos os seus problemas começaram.  E, para resolver a bagunça que causou, George tem que colocar a cabeça do dragão no Coração de Pedra, mas ele não faz idéia do quê ou onde isso fica.
   É assim que começa Coração de Pedra; um começo aliás, que lembra bastante o de Percy Jackson. Mas acredite, a única semelhança entre as duas histórias é o fato de começar num museu. Daí pra frente, tudo é diferente.
   Vou começar avisando que eu gostei do livro. Mas, ainda sim, é difícil falar sobre ele, por que foi difícil ler. Logo, eu tenho um tanto de reclamações sobre ele. Mas vou chegar na parte boa no final, rs.
   Primeiro de tudo, eu comecei o livro bem empolgada. E, como sabemos, isso é uma péssima idéia se o livro não for daqueles que já começa eletrizante. E é esse bem o caso de Coração de Pedra.  A história é boa e rápida, com um desenvolvimento frenético, ação atrás de ação, mistério atrás de enigma, atrás de uma amizade que se constrói e estátuas vivas. Por que sim, essa é a premissa da coisa; depois de quebrar a estátua do dragão, George cai numa realidade paralela que não existe para a maioria dos transeuntes de Londres, a realidade onde estátuas de seres mitológicos e estátuas humanas se enfrentam em uma batalha de proporções épicas todos os dias desde suas feitorias. E pelas mãos de George essa batalha pode eclodir de verdade e ficar bem feia. Ele não sabe o que fazer pra escapar, mas de repente tem a ajuda da estátua de um Artilheiro de Guerra – um cuspido – e de Edie, uma menina que, desde sempre, conseguiu ver e ouvir e fugir das estatuas em movimento.
trilogia em inglês
   Minha reclamação mais forte quanto ao livro é o ritmo, não da história, mas da leitura. Não sei se foi a tradução ou se o autor escreveu assim de fato, mas a escrita é muito rebuscada para um livro de apelo infantil. E todas as descrições, detalhe a detalhe das estatuas e das ruas de Londres, deixaram tudo meio cansativo pra mim. E eu também me senti meio perdida (mesmo com aquele mapa graciosamente desenhado nas primeiras páginas, pra você acompanhar as andanças de George), provavelmente por que, bem, nunca estive em Londres.  Tudo no livro parecia partir da premissa que eu sabia onde tudo estava lá na terra da rainha. Desculpa, mas não sabia não.
    Tirando isso, o livro é realmente muito bom. Quando você acostuma com o excesso de descrições e de palavras ornamentadas demais para um universo infanto-juvenil, você consegue levar bem a leitura. As cenas de ação são ótimas e você consegue realmente ver como o George, Edie e o Artilheiro – ah, o artilheiro – conseguem se safar dos problemas – ou não. È uma pena que a continuação não tenha saído em português. Mas, se você se interessou, não se preocupe, o livro termina, mas você vai definitivamente ficar querendo mais.  Algo do tipo “acabou essa batalha, mas ainda tem a guerra”. Mas vale a pena assim mesmo. Estou pensando seriamente em comprar o resto da trilogia em inglês.
  Bem, é isso. Espero que vocês tenham se interessado pelas aventuras do George – seu lindo – e da Edie.
  Beijo, beijo,
  Thai.
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